Na primavera da vida, há o terreno fértil para receber a semente da razão. A infância fantasia qual será a profissão no futuro. A criança aceita que as obrigações estão antes da diversão. Em termos gerais, a vida nasce engrenada na máquina que mantém dinâmico o funcionamento da sociedade.
Vemos no Estado, na Nação, na sociedade e na família opinião e forte poder de agir. Porém, por trás dessas instituições está o indivíduo, é a maneira como ele age que determina as escolhas desses entes. Desse modo, saberia o homem o poder que tem nas mãos? Então, o que move o homem cultivar desde a infância um grande valor para racionalização?
Quando Calvino apresentou suas ideias para o mundo não tinha dimensão da influência que causaria. Pela primeira vez, a religião ligou o valor do espírito com o da ação social. O trabalho seria a forma de mostrar para Deus o valor do homem. Então, no círculo vicioso da racionalidade provendo o tempo para o trabalho e, por consequência, o recurso econômico que retornaria para razão dando sequência.
Desse modo, estaria o homem ciente dos fatores que atribuem valor às escolhas de sua vida? No ocidente, o ser humano nasce em um sistema dominado pela racionalização do homem, da ciência, do sistema jurídico e do contábil. Assim, a ética protestante já determinou os valores das ações sociais. Inconscientemente, o homem pauta sua vida e a de seus sucessores no que foi absorvido do meio.
Por fim, torna-se evidente a marca que o protestantismo deixa nas pessoas. Muitas ações são justificadas pelo valor de trabalhar, de realizar sua função na sociedade. Entretanto, não devemos esquecer que tais valores encobrem a existência desigualdade social, além de imporem ao sentido da vida a finalidade de produzir e não de viver segundo vontades e parâmetros próprios.
Betina Rodrigues Yagi - 1º Diurno
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