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segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Max Weber: ciência de análise e o objeto analisado.

Primeiro de tudo, que encaremos a realidade, e apenas ela.
Enquanto as ciências exatas calculam as máquinas que criam e controlam o mundo, Comte formula o positivismo que liderará à perfeição industrial e Marx e Engels ditam como virá a revolução, temos um pensamento que nos para e nos leva a olhar ao concreto. Apenas os fatos, apenas o que existe, e não planos de dominação da realidade e imposições de como ela deve ser.
            Uma ciência que não obrigue o agir, mas que estuda o que se foi feito, o homem que age e sua atitude. Na sua análise pela realidade, entende-se como fato concreto de transformação do mundo as atitudes humanas, o agir e o homem que age motivado por seus objetivos, sua vontade de atingir algo ou seus valores que o conduzem pelos diversos caminhos, suas paixões e irracionalidades, vemos o homem construído sobre valores de uma inteira sociedade ser o ator que é por ela mudado e a ela transforma.
            Sendo, então, uma ciência de análise, a sociologia de Weber analisa o homem ocidental, padrão humano que buscam impor ao resto do planeta. Construído fundamentado numa ética protestante calvinista, o homem que não mais é o católico europeu com desprezo pelo corpo e a eterna busca pelo amanhã pós vida, Weber se atém a sua racionalização. Com a morte da idade média morre-se o espaço para mistérios e crendices no mundo, o cotidiano do homem é transformado onde não existe mais lugar para o irracional e o inconstante, para o erro impensado e a perda de tempo e de força humana. Sistematizado, organizado, calculado,
                        Racionalizado,

                                                  é o novo homem moderno, forjado por um capitalismo pautado não pela mais valia de Marx, mas o capitalismo da construção do homem racionalizado.

Daniel Chaves Mota - 1º Ano, direito noturno.

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