Primeiro de tudo, que encaremos a realidade,
e apenas ela.
Enquanto as ciências exatas calculam as máquinas
que criam e controlam o mundo, Comte formula o positivismo que liderará à
perfeição industrial e Marx e Engels ditam como virá a revolução, temos um
pensamento que nos para e nos leva a olhar ao concreto. Apenas os fatos, apenas
o que existe, e não planos de dominação da realidade e imposições de como ela
deve ser.
Uma
ciência que não obrigue o agir, mas que estuda o que se foi feito, o homem que
age e sua atitude. Na sua análise pela realidade, entende-se como fato concreto
de transformação do mundo as atitudes humanas, o agir e o homem que age
motivado por seus objetivos, sua vontade de atingir algo ou seus valores que o
conduzem pelos diversos caminhos, suas paixões e irracionalidades, vemos o
homem construído sobre valores de uma inteira sociedade ser o ator que é por
ela mudado e a ela transforma.
Sendo,
então, uma ciência de análise, a sociologia de Weber analisa o homem ocidental,
padrão humano que buscam impor ao resto do planeta. Construído fundamentado
numa ética protestante calvinista, o homem que não mais é o católico europeu
com desprezo pelo corpo e a eterna busca pelo amanhã pós vida, Weber se atém a
sua racionalização. Com a morte da idade média morre-se o espaço para mistérios
e crendices no mundo, o cotidiano do homem é transformado onde não existe mais lugar
para o irracional e o inconstante, para o erro impensado e a perda de tempo e
de força humana. Sistematizado, organizado, calculado,
Racionalizado,
é o novo homem moderno, forjado por um
capitalismo pautado não pela mais valia de Marx, mas o capitalismo da
construção do homem racionalizado.
Daniel Chaves Mota - 1º Ano, direito noturno.
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