(Protesto contra Governo Temer
em Brasília, DF, 2016.)
Na atual dinâmica caótica brasileira, moldada por crises sócio-políticas
e, principalmente, por falta de representatividade, observa-se, na esquerda brasileira,
a insatisfação pela perca de direitos através de manifestações polêmicas, mais
conhecidas como: “pra chocar/causar”. Essas, assim como a foto inserida acima, utilizam-se
uma desconstrução e da quebra de tabus para protestar por uma causa, a qual
deveria servir para o “povo”. Entretanto, tais movimentos, ao invés de
transmitirem à população sua verdadeira intenção, eles afastam a massa
trabalhadora – a qual deveria ser protagonista pela luta de direitos sociais,
afinal, tal classe, muitas vezes, não tem acesso a uma criticidade suficiente
para entender tais protestos ou então, são influenciados pelas notícias de uma
mídia conservadora e reducionista. Ou seja, acarretam um efeito oposto do que
deveriam “causar”. A dominação, para Max
Weber, não se dá, apenas, pelo domínio puro da classe - como Karl Marx versou-,
mas sim pela legitimação de uma ação social sob outra através da competição
entre vontades. Por esse prisma, analisa-se que esses atuais protestos da
esquerda são deslegitimados por eles mesmos, ocasionando, para muitos, a
legitimação racional de outros movimentos contrários a esses, como os da
direita, dentre outros.
Nesse sentido, urge uma autocrítica dessa atual esquerda
pós-moderna, em que, ao invés de auxiliar e conduzir o trabalhador, dá suporte
para que outros ideais os conduzam, seja por alienação ou não. Afinal, protestos
assim, sem o apoio de quem realmente necessita, as massas, nunca será eficaz.
"A massa não é apenas objeto da ação revolucionária; é, sobretudo sujeito"
Rosa Luxemburgo
Débora Amorim de Paula – 1º Direito – DIURNO
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