Ao
estudar sobre a cultura presente no capitalismo, Max Weber buscou definir que
mais do que um sistema econômico, este também se estruturou como um modo de
vida, imprimindo no imaginário social da época do seu surgimento e da sua
consolidação toda uma nova gama de moralidade.
Nesse
sentido, o protestantismo ascético, é visto pelo sociólogo como um dos principais
motores dessa mudança. Isso acontece, dentre outras coisas, porque essa visão teleológica
do mundo previa no trabalho livre baseado na racionalização do acumulo de
capital como a forma mais correta a se viver. Dessa maneira, a forma – ou a técnica
– para extrair riquezas é vista como manifestação da “vocação” de cada indivíduo.
Dentre
outras coisas, esse tipo de pensamento acentuou determinados comportamentos
antes mascarados nas sociedades ocidentais. Um deles, é o espírito de competição
(tão mais presente quanto mais forem escassos os recursos disponibilizados as
pessoas). Assim, em lugares onde o espírito do capitalismo esta arraigado a um
longo tempo vê-se uma presença marcante desses indicadores ideológicos.
Nos
EUA, por exemplo, é comum, desde os primeiros anos de escola, os jovens serem
divididos entre “losers” ou “winners” com base em seus desempenhos nos esportes e nas atividades acadêmicas, de
forma que mesmo a formação dum indivíduo é encarada como uma competição. No
mais, é conhecido que países de capitalismo avançado são os principais
investidores dos esportes, como os próprios Estados Unidos, os tigres asiáticos
e a Europa.
Davi Pontes -1º ano do Direito noturno.
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