O sociólogo alemão Max Weber considera que o objeto central na análise sociológica é o indivíduo. Segundo ele, a compreensão dos coletivos, como o Estado, a sociedade, nação, família etc., em primeiro lugar, se dá a partir do entendimento da ação social dos indivíduos e suas consequências naquele meio. Assim, o indivíduo é tratado como um ser social que têm influência direta na estruturação dos moldes da sociedade.
Nesse sentido, para Weber, os indivíduos são agentes cujas ações têm um sentido atribuído a elas e este leva à compreensão da sociedade como um todo. A essa ação dá-se o nome de ação social e representa o papel do indivíduo nas relações sociais. Ademais, essa ação ganha um sentido diferente dependendo do contexto em que está inserida, sendo, portanto, historicamente construída.
Além disso, a análise weberiana também leva em conta os conceitos de poder e dominação. Nesse prisma, poder é a aplicação da vontade de um indivíduo na relação social mesmo que haja resistência, e dominação é o exercício desse poder. Ou seja, trata-se de uma dinâmica em que há a competição entre vontades e a do dominante é a que vence, impondo sua ação social sobre a do dominado, que aceita uma ação social vinda de fora.
Para Weber, a dominação é algo que faz parte das relações sociais, onde a cultura, por exemplo, e as demais instituições funcionam como um enquadramento das ações individuais. Porém, o cenário de dominação é instável e pede legitimidade para que encontre estabilidade. Dessa maneira, a legitimidade da dominação é o que garante o equilíbrio e estabilidade na vida social e política.
Em suma, a ação social dos indivíduos conduz a dinâmica da sociedade. No entanto, o conflito entre essas ações gera uma relação de poder e dominação que só mantém o equilíbrio a partir da legitimidade dessa dominação.
Giovanna Marques Guimarães - 1° ano - Direito (Matutino)
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