Desde criança aprendemos que todo ato
possui uma reação, se fizéssemos algo fora do ideal estabelecido pelos nossos responsáveis
ou alguma instituição como a escola, muito provavelmente, éramos obrigados a cumprir
algum tipo de punição. Esse sistema que engloba nossa vida por um todo, também
ajuda a produzir um direito punitivo. O consciente coletivo que constantemente acredita
no maniqueísmo dos indivíduos vê como punição um sinônimo para justiça. Castração
química, tortura e pena de morte são apenas alguns desejos que cercam parcelas
significativas da população. No entanto, até mesmo essas parcelas se compadecem
de Pedro Bala no livro capitães da areia.
Essa diferença de perspectiva está
entrelaçada ao positivismo do direito, já que, existe uma superficialidade e um
certo imediatismo. Se alguém cometeu um determinado delito, suas dificuldades e
contexto social são ignorados e sua vida passa a se resumir em atos isolados
que prejudicam a sociedade de alguma maneira. Assim, acreditar na punição se
torna mais fácil. Vinculando atrocidades a pessoas que são expropriadas de sua
humanidade, o “mal” se torna distante, não atingindo um público que se auto
denomina como os “cidadãos de bem”. Mas seriam eles os guardiões do bem? Até que
ponto a falta de interesse coletivo em tentar se afastar da punição não ajuda
na manutenção desse tipo de direito no Brasil? O código penal é completamente independente
desse anseio popular?
Giovanna lima e silva - direito noturno
Giovanna lima e silva - direito noturno
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