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segunda-feira, 28 de maio de 2018


 No “caso das cotas raciais”, no qual o partido Democratas iniciou um processo contra a Universidade de Brasília (UnB) por terem aderido ao sistema de cotas alegando a busca da integração de negros na Universidade, o judiciário teve de intervir, já que nem o Congresso Nacional e nem o Poder Executivo, conseguiram solucionar. No processo o partido defendia que o sistema de cotas raciais “dividiria” os indivíduos, e que aderi-lo feria preceitos constitucionais, principalmente o de igualdade, e também que tal divisão poderia e viria a estimular o preconceito, já que estariam praticamente dizendo por lei que os negros são inferiores e devem ser ajudados. Os Democratas defenderam também que, após a Lei Áurea, os negros passaram a ter total liberdade, seja para ingressarem nas Universidades ou para ocuparem qualquer emprego ou cargo, mas é claro que isso só acontece no papel. Na prática é Hipócrita quem diz que isso acontece, pois é muito claro que os altos cargos, públicos ou privados, são assumidos quase que totalmente por brancos, sendo a grande maioria dentro desses, homens.
  As cotas raciais se tornaram grande assunto de discussão, e um dos motivos é poder judiciário ter tomado frente em uma solução que não caberia a ele. Mas na sociedade pós-moderna, os problemas sociais tomaram grandes proporções, sendo assim, o poder judiciário passou a ser utilizado em busca de soluções para casos que deveriam ser solucionados pelo executivo e pelo legislativo. E segundo Barroso, tal intervenção do judiciário é legal pois é permitida pela Constituição Federal.
  A Universidade defendeu que as cotas são sim necessárias, mas não que devam existir sempre, e sim apenas enquanto existir falha na educação pública de base. A partir do momento que a educação pública atingir um nível merecido pela sociedade, um nível que não permita que os alunos de escolas particulares tenham uma imensa vantagem em relação aos de escolas públicas, aí sim pode-se dizer que as cotas não se fazem necessárias. E quando se fala de alunos de escola pública ou de pobreza, infelizmente é brevemente ligado aos negros, apesar de obviamente não serem os únicos que encontram-se nessas situações, mas pela história da raça negra, pela história de sofrimento é sentido que possuímos uma dívida histórica para com eles, pois, mesmo com o fim da escravidão, o racismo, infelizmente, nunca deixou de existir e muitos negros, para não falar a maioria, seguem sendo deixados pra trás e sendo mal vistos apenas pela cor de sua pele.
 As cotas são e seguirão sendo necessárias enquanto o negro não tiver as mesmas oportunidades em nossa sociedade, e elas servem para que eles cada vez mais consigam conquistar seu espaço, e para que sirvam cada vez mais como exemplo, principalmente para as crianças negras mas também para toda a sociedade, de que os brancos não são superiores, e acima disso, que somos todos da mesma raça e devemos ser vistos e tratados como iguais.


Lucas Branquinho - Noturno

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