Quando analisamos o materialismo dialético, como método
científico é através de uma perspectiva de que ele possa ser uma ferramenta
intelectual que auxilia na interpretação do sentido da vida social, e da
análise do que ela é de fato, de suas condições materiais de existência, das
suas constantes transformações e construções, de sua dinâmica dialética, e,
outrossim, ajuda a vislumbrar o que a realidade social pode vir a ser, ele pode
sim servir ao Direito, auxiliando na compreensão e interpretação das leis do
desenvolvimento da vida em sociedade faz com que dessa forma seja possível
analisar os problemas, da sociedade e os presentes no sistema jurídico, e
pensar em maneiras de transformá-los até mesmo em fatos positivos para as
pessoas, convertendo o mal em algo que pode servir à sociedade.
O materialismo dialético pode auxiliar o Direito na
resolução de conflitos, que tal pensamento considera como algo que faz parte da
sociedade, que possui um movimento dual, para Marx e Engels qualquer processo
social possui uma tese e sua antítese que formam a síntese, então por exemplo,
as cotas raciais e para alunos da escola pública é um produto da dialética,
onde vemos de um lado uma classe tentando entrar no mundo do conhecimento, da
universidade e do outro a classe média que tenta conservar seu espaço, e o que
temos, a vida real é a síntese entre esses dois confrontos, e compreendendo
esses enfrentamentos o Direito pode resolvê-los da melhor maneira possível.
Por adição, além do aspecto da mediação entre os conflitos,
o Direito é também algo que está em constante transformação, e o materialismo
dialético ao desvendar as leis do desenvolvimento histórico permite uma melhor
compreensão não só da vida social, mas também do engendramento que dá origem ao
conjunto de normas das diversas sociedades e deixa claro que as normas que
estão em vigor nesse momento será modificada no momento seguinte, porque tudo
está em movimento, em constante mudança, e mudando a sociedade, mudam-se as
regras, as necessidades e os interesses, e consequentemente o Direito, sendo
essa evolução essencial ao sistema, por exemplo, hoje o Direito já pensa em
como aprimorar os direitos das diversidades sexuais, o que há algum tempo atrás
não era sequer pensado, quem dirá discutida uma forma de aumentar as garantias
e direitos.
Karen Yumi Saito - 1°ano Direito Noturno
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