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domingo, 6 de abril de 2014

Teoria baconiana e convergência econômica.

   Francis Bacon compartilha de uma visão semelhante a de Descartes no ponto em que estabelecem métodos, isto é, um padrão de precisão ao alcance do conhecimento. A diferença metodológica, contudo, é notável. O Racionalismo não é mais suficiente para Bacon, exige-se portanto como ratificação de veracidade o uso da experimentação. Enquanto Descartes se utilizava princípios dedutivos de raciocínio, Bacon utilizou-se em suma de observações empíricas. Bacon também fez dura crítica à filosofia grega visto que, para ele, a clareza científica opõe-se ao pensamento místico concebido pelos gregos, bem como à abstração filosófica. O método baconiano era estabelecido em três pontos: a imposição de graus de certeza, o alcance dos sentidos e a rejeição do labor da mente. 
   Outro ponto importante da teoria do autor é a rejeição da presença de ídolos. Para ele, essa caracterização promulgava uma falsa noção de mundo pois está ligada à aspectos passionais que levavam a mente humana a afastar-se da verdade e não agir motivado pela razão. Sua posição com relação à religiosidade, a qual a importância no período não pode ser rejeitada, evidencia-se nesse momento pois, segundo Bacon, a existência do Criador em nada estava relacionado com a existência de ídolos, visto que sua imagem sagrada é eterna, real e imutavelmente verdadeira. 
   Pode-se dizer que a ciência baconiana foi intensamente utilizada pela burguesia no processo de enriquecimento. Isto deve-se ao fato de que Bacon se prestou à manutenção do bem-estar do homem, o que significa dizer que o objetivo máximo da ciência era o progresso científico e, portanto, o seu grau de influência na "evolução" da vida humana. Segundo esse método era possível um avanço técnico que aumentasse quantitativamente a produção e gerasse maior obtenção de capital. Há portando uma convergência em Bacon entre a ciência e a economia. 

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