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domingo, 6 de abril de 2014

Além da razão
  O filme ”Ponto de Mutação” mostra uma conversa entre três intelectuais, sendo um político, um poeta e uma cientista. Os assuntos abordados são de cunho, principalmente, filosófico e sociológico, nos quais cada personagem é capaz de deixar transparecer suas convicções.
      Em primeiro lugar, eles discutem acerca do mecanicismo cartesiano que postula que o universo todo, inclusive pessoas e animais, funcionaria como um relógio, com leis naturais reguladoras; mais tarde, Isaac Newton comprova essa afirmação através de suas famosas leis.
      Posteriormente, é comentada a questão da Amazônia e seu desmatamento para a criação de gado que é amplamente comercializado e, ironicamente, pode causar danos à saúde das pessoas que consomem a carne vermelha. Além disso, também é discutido o fato de que a madeira não é nem vendida, mas queimada, o que inutiliza o material e prejudica a qualidade do ar.
     Outro tema abordado é o pensamento de Francis Bacon, que diz que a natureza deve ser escravizada pelo homem, e ainda, que saber é poder. Segue então, um debate a respeito dos átomos que, mesmo que compostos de núcleo e eletrosfera, possuem um enorme vazio, concluindo-se que as coisas fossem formadas por um “nada”.
     Por fim, trata-se da Teoria dos Sistemas segundo a qual nada existe por si só, tudo está interligado numa enorme teia da vida, todos os seres vivos e não vivos são interdependentes. Então, faz-se um questionamento à cientista: o que é a vida? E ela responde que a essência da vida é a auto-organização, e isso abre brecha para o desfecho do poeta, que diz que a vida é muito mais complexa que isso, e que não pode ser interpretada através de leis e formulas, pois as pessoas são dotadas de paixões, medos, angústias e defeitos e que, mesmo assim, são capazes de se amar.

Letícia de Oliveira e Souza, Direito Matutino.

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