Fritjof Capras, com o filme
“mindwalk”, trás uma reflexão acerca das bases da nossa existência, da
integração do pensamento, das ações humanas no contexto do desenvolvimento e a
procura de uma vida equilibrada e de um progresso sustentável.
A história tem início
na ilha paradisíaca de Saint Michel, na
França, na qual participarão três personagens principais: um ex candidato a
presidência dos EUA e um poeta, seu amigo, os quais presos em suas próprias
concepções de mundo procuram uma saída para o seu sucesso, tal qual a uma ilha
solitária, representada pelo cenário da gravação, e uma cientista afastada a
qual busca se transformar no isolamento, na fuga da sua vida profissional,
o perdão pelos resultados de suas ações e criações – muitas vezes usadas pelo
exército estadunidense.
Durante suas
discussões abordam a evolução do pensamento humano, passam por Descartes e
chegam aos padrões atuais, os quais são liderados por pensamentos mecanicistas
que dividem o todo em inúmeros pedacinhos a serem olhados de forma individual.
Esta maneira fragmentada de olhar os nossos problemas, acaba por sacrificar a
nossa própria humanidade, pois, não se consegue ver os inúmeros problemas
sociais interligados entre ações, aparentemente, independentes. Nossa vida é
regida por sistemas interventivos e não preventivos, o qual deveria ser
realmente adotado por evitar alguns graves problemas constantes no modelo
intervencionista.
Ao longo do filme
fica claro que tudo se interconecta. O que não conseguimos ver ou entender, não
pode ser abominado sob condenação de nossa cegueira ou falta de abertura para o
novo. Todos fazemos parte de um todo, o qual não deve ser olhado, unicamente,
com os olhos cartesianos, com o medo de sair de uma zona de conforto.
A proposta principal
de Fritjof Capras,
portanto, é antes de fragmentar os problemas a serem estudados ou resolvidos,
entendermos primeiramente a sua conectividade com outros problemas e pessoas. É
necessário buscar uma interatividade, a qual nos levará a um caminho possível
para a nossa própria evolução, conseguindo mesclar o pensamento cartesiano, que
vê tudo demasiadamente fragmentado, e o pensamento integrativo que busca um
equilíbrio entre as nossas ações. Assim talvez, será possível um mundo mais
equilibrado, nas relações sociais, e mais sustentável.
Ana Luiza Cruz A. 1º Direito Diurno.
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