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domingo, 6 de abril de 2014

Pensamento Cartesiano x Pensamento Integrativo

Fritjof Capras, com o filme “mindwalk”, trás uma reflexão acerca das bases da nossa existência, da integração do pensamento, das ações humanas no contexto do desenvolvimento e a procura de uma vida equilibrada e de um progresso sustentável.
A história tem início na ilha paradisíaca de Saint Michel, na França, na qual participarão três personagens principais: um ex candidato a presidência dos EUA e um poeta, seu amigo, os quais presos em suas próprias concepções de mundo procuram uma saída para o seu sucesso, tal qual a uma ilha solitária, representada pelo cenário da gravação, e uma cientista afastada a qual busca se transformar no isolamento, na fuga da sua vida profissional, o perdão pelos resultados de suas ações e criações – muitas vezes usadas pelo exército estadunidense.
Durante suas discussões abordam a evolução do pensamento humano, passam por Descartes e chegam aos padrões atuais, os quais são liderados por pensamentos mecanicistas que dividem o todo em inúmeros pedacinhos a serem olhados de forma individual. Esta maneira fragmentada de olhar os nossos problemas, acaba por sacrificar a nossa própria humanidade, pois, não se consegue ver os inúmeros problemas sociais interligados entre ações, aparentemente, independentes. Nossa vida é regida por sistemas interventivos e não preventivos, o qual deveria ser realmente adotado por evitar alguns graves problemas constantes no modelo intervencionista.
Ao longo do filme fica claro que tudo se interconecta. O que não conseguimos ver ou entender, não pode ser abominado sob condenação de nossa cegueira ou falta de abertura para o novo. Todos fazemos parte de um todo, o qual não deve ser olhado, unicamente, com os olhos cartesianos, com o medo de sair de uma zona de conforto.

A proposta principal de Fritjof Capras, portanto, é antes de fragmentar os problemas a serem estudados ou resolvidos, entendermos primeiramente a sua conectividade com outros problemas e pessoas. É necessário buscar uma interatividade, a qual nos levará a um caminho possível para a nossa própria evolução, conseguindo mesclar o pensamento cartesiano, que vê tudo demasiadamente fragmentado, e o pensamento integrativo que busca um equilíbrio entre as nossas ações. Assim talvez, será possível um mundo mais equilibrado, nas relações sociais, e mais sustentável.

Ana Luiza Cruz A. 1º Direito Diurno.

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