Ponto de Mutação: a troca da visão cartesiana para a sistêmica
O filme “ Ponto de Mutação”, baseado na obra de
mesmo nome de Fritjof Capra traz reflexões, através dos diálogos dos
personagens, sobre o pensamento humano. O
filme tem como ponto principal o diálogo de três personagens, que
pertencem a núcleos sociais diferentes: um político (Jack Edwards), um poeta (Thomas Harriman) e uma física cientista (Sonia Hoffman), que se encontram em um castelo
medieval na ilha de Mont Saint Michel, na França.
O
ponto inicial da discussão é um relógio antigo que está em uma das salas do
castelo. Se utiliza metaforicamente o relógio, que pode ser reduzido e estudado
a partir de suas pequenas peças, para se tecer uma crítica acerca da da visão
cartesiana fragmentada de se entender o mundo como micro ambientes isolados sem
nenhuma correlação entre eles. Não se deixa, entretanto, de enaltecer a grande
contribuição da metodologia cartesiana para o avanço tecnológico e do próprio
pensamento humano.
Propõe-se
uma nova nova visão de mundo. Não aquela fragmentada e individualista , onde
não há conexão entre as relações sociais e as relações naturais, mas uma visão de mundo
onde tudo esteja interconectado. Assim, o paradgma mecanicista daria espaço a
uma visão sistêmica da realidade mundial e humana. Tal paradigma observaria as mais diversas relações
homem-sociedade e homem-natureza de maneira sistêmica, como resultado de
interrelações que se retroalimentam e interagem constantemente. Assim,
o “ponto de mutação” é tido como a mudança da visão cartesiana fragmentada para
a visão sistêmica que, segundo o pensamento Fritjof Capra, é o melhor para se
entender o mundo atual.
João Pedro El Faro Lucchesi, 1º ano Direito Matutino
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