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domingo, 6 de abril de 2014

“Saia da caixa”

 O sentimento generalizado que habita os indivíduos do mundo contemporâneo é de que não se tem tempo para mais nada, o de que Cronus acelerou o relógio para nos punir por algo e assim termos, muitas vezes, que deixar de lado aquilo que gostamos de fazer por algo que a sociedade exige de nós. Não temos tempo nem para perceber que os únicos culpados disso somo nós mesmos. O pensamento fragmentista de Descartes, como apresentado no filme “Ponto de mutação”, nos levou olhar o mundo em pedaços e em muito influenciou o nosso modo de vida atual.
O homem sistematizou o mundo, desumanizou a si mesmo e individualizou tudo. Criamos um sistema no qual estamos fadados ao esgotamento de tudo, sejam dos recursos naturais, seja de nós mesmo, com a finalidade única de nutrir a si próprio. Na proposta inicial de entender o que é, de enxergar a realidade do mundo em que vivemos, caímos em uma armadilha e nos desconectamos do próprio.

Para alterar esse estado, respirar o ar da liberdade, ter tempo de fazer “tudo e mais um pouco” precisamos olhar para o que existe fora desse nosso “sistema”, ou seja, o mundo real e nos reconectar com a nossa natureza, ver as coisa de forma completa, analisá-las como um todo, com o todo.


Helionora Mª C. Jacinto

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