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domingo, 6 de abril de 2014

À procura do verdadeiro conhecimento

Francis Bacon (1561-1626), famoso filósofo inglês, questionou a filosofia tradicional além de criticar a metafisica em sua obra “Novum Organum” na qual busca um novo método de obtenção de conhecimento verdadeiro e de investigação dos fatos. Analisou também os denominados ídolos os quais são considerados, pelo autor, os responsáveis pela falsa compreensão dos fatos.
O questionamento à filosofia tradicional está pautado no empirismo. Bacon era contra a ciência como mero exercício da mente à medida que argumentava só existir verdade, clareza, certidão naquilo que se pode experimentar e observar e nunca permitir que a mente se guie sozinha, sem provas reais. A crítica à metafísica se estabelece no fato de que esta é o estudo do ser e das coisas a partir da dimensão das ideias o que contraria claramente a atitude empirista do filósofo.
Já os ídolos são de quatro categorias: da tribo, da caverna, do foro e do teatro. O primeiro compreende nos erros provocados pelas distorções da mente humano com relação aos sentidos o que influenciou a psicologia. O segundo vincula-se ao conhecimento, à formação e às relações do indivíduo com o mundo em que vive. O terceiro pauta-se no falso conhecimento apreendido nas associações do indivíduo decorrente do comércio e do consórcio já que se baseia no discurso que muitas vezes usa de palavras utilizadas de forma incorreta, forçando e perturbando o intelecto. O último refere-se ao completo consentimento de muitos indivíduos com filosofias, princípios e axiomas da ciência que apenas relatam mundos fictícios sem qualquer comprometimento com a realidade.
Dessa forma, Francis Bacon revolucionou uma nova forma de busca pelo conhecimento verdadeiro a partir de seu método que se chocava com as ideias tradicionais de que a verdade pode ser conquistada por meio do raciocínio com quase ausência de empirismo. Além disso, conseguiu pautar quatro interferências negativas, que permanecem assombrando a atualidade, para o alcance do verdadeiro conhecimento.

Gabriela Mosna – 1º ano Direito Noturno

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