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domingo, 6 de abril de 2014

Combatendo a idolatria


           Imerso em um mundo cujo princípio de constatação valia-se da mera contemplação, Francis Bacon, em 1620, propõe um modelo pautado na interpretação a partir de provas. A asserção de que o conhecimento deve advir da experiência, ou seja, daquilo que foi vivido, e que era até então não utilizado, ao adquirir este teor empírico, alega que a filosofia tradicional não serviu ao bem estar do homem, uma vez que não colaborou com a utilidade prática ao universo científico.

           Logo, o labor da mente por si só, constituído apenas pelo pensar e pela suposição, não adquire proporções científicas. Partindo da crítica à retórica, tão idealizada pelos antigos, defende que o maior obstáculo no avanço da Ciência encontra-se na falácia dos sentidos, tornando-se necessária a busca pela observação daquilo que é imperceptível aos olhos.
           São estabelecidos dois métodos para se chegar à Ciência. O primeiro é o seu cultivo, método próprio da filosofia tradicional. Já o segundo é composto pela descoberta científica, embasada pelo empirismo.
           No entanto, quando se realizam constatações, é necessário precaver-se da chamada “idolatria”, composta de falsas percepções do mundo dadas através de distorções provocadas pela mente humana devido à interferência das paixões. Desta forma, busca-se compreendê-lo por meio de uma ciência útil na luta contra a natureza humana imersa no campo passional.

Caroline Verusca de Paula - 1º Direito Diurno

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