Max Weber, Sociologia Compreensiva. Dominação.
O sociólogo alemão Max Weber propõe através de suas obras
um novo método para analisar a realidade social, centrado na compreensão das
denominadas ações sociais. Nesse sentido, Weber argumenta que as instituições
presentes no corpo social são a representação legitima das ações dos
indivíduos, bem como estrutura-se em torno delas toda a organização necessária
para se manter a coesão dentro de um estado.
Ademais, Weber destaca três formas distintas de dominação, racional
(Legalizada pelo direito), tradicional (Pautada em crenças já existentes) e
carismática (Destaque a uma imagem divina, como um profeta”) no contexto das
instituições nota-se uma presença forte da dominação racional- sendo esta abordada
durante o texto.
O grande debate
contemporâneo ao tratar das instituições racionalizadas é justamente a
necessidade de haver uma maior diversificação. Ao conceder poder a uma
autoridade -agente que exerce a dominação- com um determinado ideal de valor,
haverá, portanto, um discurso dominante que passa a exercer coercitivamente
influência sobre os demais indivíduos. Nessa linha, os riscos de um discurso
dominante ‘ex-cathedra’ nas instituições foi, intrinsecamente, debatido
por Weber no contexto acadêmico:
“Mas, infelizmente, quando entre nós se insiste no direito
às avaliações ex-cathedra, é costume entender-se justamente o contrário
do citado a princípio da representação proporcional; WEBER, Max: sobre a teoria das
ciências sociais, p.123”.
Assim, compreende-se através do discurso de Weber o quão
fundamental é ter representatividade proporcional para legitimar
cientificamente o conhecimento, ou seja, com distintos ideais de valores é possível
combater a homogeneidade dos discursos dominantes, surgindo assim, novas
perspectivas culturais que agreguem proporcionalmente todos os que compõem a
sociedade.
O filósofo brasileiro Silvio Almeida tratou sobre como o racismo
institucional se faz presente na sociedade. Ao longo de sua obra “O racismo
estrutural” Almeida cita que a sociedade deve estar, como destacou Weber,
proporcionalmente representada nos órgãos públicos. Com o objetivo de
exemplificar pode-se tratar, das políticas de ações afirmativas, que resumem
claramente a importância da diversificação, neste caso racial, dos campos
científicos. Através da bagagem valorativa dos indivíduos que integram os
espaços institucionais é que se atinge a proporcionalidade de representação
citada por Weber, justifica-se, nesse caso, uma equidade de oportunidades,
surgindo assim novos olhares para os problemas sociais, bem como soluções não
somente idealizadas, mas eficazes ao coletivo.
Demetrius Silva Barbosa; 1 ano Matutino.
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