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domingo, 4 de julho de 2021

Senso Comum: instrumento de dominação

O senso comum caracteriza-se como forma de conhecimento ordinário, usado para resolução de problemas imediatos, de forma espontânea e instintiva. Porém, essa forma de conhecimento tem sido usada como manobra fascista para a manipulação da massa, transformando-a em crença e convicção, que foge totalmente do conhecimento seguro proposto pela ciência moderna.

          A priori, o senso comum é um método necessário no dia a dia do indivíduo, principalmente nas decisões banais, como na escolha de levar o guarda-chuva ao sair de casa, por imaginar a possiblidade de chuva. Contudo, essa análise banal e cotidiana tem sido colocada como “verdade absoluta” por ideologias fascistas, conservadoras e reacionárias, que embasam a argumentação em dados imaginários, linguagem vaga e falta de objetividade. Esse tipo de análise foge completamente de um conhecimento seguro, proposto pelo método científico moderno, que leva em consideração uma hipótese, analisada por uma comunidade científica, que se confirma através de fontes empíricas, ou seja, é necessária a observação para a confirmação da veracidade no mundo real.

          Esse aspecto pode ser observado em atitudes de diversos integrantes do atual governo brasileiro, principalmente os relacionados ao presidente da república. Discursos do chefe do executivo, principalmente em relação à pandemia, com as declarações ligadas a vacina, máscara e tratamento precoce da COVID-19, não possuem nenhum fundamento crítico e baseiam-se em conclusões tomadas a partir de crenças e convicções. Mesmo com o descaso no que diz respeito a veracidade da informação, o presidente possui milhões de apoiadores que por consequência agem da mesma maneira -compartilham informações falsas em redes sociais, como também realizam discursos de mesmo caráter- e espalham esse tipo de conhecimento.

          Portanto, o atual governo brasileiro não defende conceitos científicos em momentos de decisões, e prefere partir de subjetividades para o sustento de suas ações. Além desse despreparo, a “legião” de indivíduos que parte do mesmo princípio de que o presidente, no momento de discussões e posicionamentos políticos, demonstra a descrença diante da ciência moderna por parte de muitos, que estão vendados por suas convicções.

Pedro Cardoso- 1° Ano Direito matutino 

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