O senso comum caracteriza-se como forma
de conhecimento ordinário, usado para resolução de problemas imediatos, de
forma espontânea e instintiva. Porém, essa forma de conhecimento tem sido usada
como manobra fascista para a manipulação da massa, transformando-a em crença e
convicção, que foge totalmente do conhecimento seguro proposto pela ciência
moderna.
A
priori, o senso comum é um método necessário no dia a dia do indivíduo,
principalmente nas decisões banais, como na escolha de levar o guarda-chuva ao
sair de casa, por imaginar a possiblidade de chuva. Contudo, essa análise banal
e cotidiana tem sido colocada como “verdade absoluta” por ideologias
fascistas, conservadoras e reacionárias, que embasam a argumentação em dados imaginários,
linguagem vaga e falta de objetividade. Esse tipo de análise foge completamente
de um conhecimento seguro, proposto pelo método científico moderno, que leva em
consideração uma hipótese, analisada por uma comunidade científica, que se
confirma através de fontes empíricas, ou seja, é necessária a observação para a
confirmação da veracidade no mundo real.
Esse
aspecto pode ser observado em atitudes de diversos integrantes do
atual governo brasileiro, principalmente os relacionados ao presidente da
república. Discursos do chefe do executivo, principalmente em relação à
pandemia, com as declarações ligadas a vacina, máscara e tratamento precoce da
COVID-19, não possuem nenhum fundamento crítico e baseiam-se em conclusões
tomadas a partir de crenças e convicções. Mesmo com o descaso no que diz respeito
a veracidade da informação, o presidente possui milhões de apoiadores que por consequência
agem da mesma maneira -compartilham informações falsas em redes sociais, como também
realizam discursos de mesmo caráter- e espalham esse tipo de conhecimento.
Portanto,
o atual governo brasileiro não defende conceitos científicos em momentos
de decisões, e prefere partir de subjetividades para o sustento de suas ações.
Além desse despreparo, a “legião” de indivíduos que parte do mesmo princípio de
que o presidente, no momento de discussões e posicionamentos políticos, demonstra a descrença diante da ciência moderna por parte de muitos,
que estão vendados por suas convicções.
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