Oi, eu sou a Dúvida
Sim, já fui valorizada em algum momento
Sou o alicerce do método científico e tal…
Mas tenho caído no esquecimento
É que teve um dia
Que me trancaram num porão
Bostejaram na internet
E venceram a eleição
A partir daí
Fomos de mal a pior
Foram tantas as mentiras
Que nem lembro de cor
Mentem sobre o vírus
E sobre a vacina
São mais de quinhentas mil
As vítimas da chacina
E aí eu me pergunto:
Quando vão me libertar?
Quando vão vencer os ídolos
E dar à razão o seu lugar?
Essa nuvem obscura
Já dura uma eternidade
Quando vão ofuscar os mitos
Com a clareza da verdade?
Então morte à cegueira
E à convicção sem fundamento
O remédio pra tal praga
É o dom do pensamento
Que se abram os olhos
E me tirem da prisão
É só com conhecimento
Que virá a transformação
Johann de Oliveira Plath, 1º ano matutino
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