Em 11 de março de 2020, o Coronavírus foi declarado como uma pandemia pela OMS. Ainda havia aquela fala que seriam apenas 15 dias. Agora, quase um ano e meio depois, o Brasil chegou a marca de 500 mil mortos e com uma CPI da pandemia. Como se não bastasse o contágio rápido, o desemprego, as fake news, o Brasil ainda precisa enfrentar um governo despreparado, negacionista, que desestimula o povo a tomar a vacina, e por essas e outras está sendo investigado por uma comissão no Senado, onde um dos tópicos é justamente o superfaturamento em uma marca de vacina.
Assim, a
CPI da pandemia pode ser analisada à luz de Descartes. O principal ponto do
filósofo é sempre desconfiar de tudo, e não poderia ser diferente quando o país
se torna o epicentro da pandemia, milhares de pessoas morrendo todos os dias,
vacinas demorando para serem compradas e um presidente que a cada entrevista ou
declaração se afunda mais na lama. De fato, há uma situação para se duvidar.
Após isso, é necessário separar o contexto geral em partes menores para uma
melhor análise, o que está sendo feito ao entrevistar cada figura importante
nesse cenário e suas falas, que já mencionaram uso indevido de medicamentos,
falas ideológicas que não cabem a um governo, tentativas de passar a
responsabilidade para gestores estaduais, erros em contratos, falha geral na administração
da pandemia, superfaturamento, isso para mencionar alguns pontos, e vários
nomes sendo citados como responsáveis.
Por
conseguinte, o próximo passo, de acordo com René Descartes, seria começar a
entender os casos mais simples, até chegar aos problemas mais complexos, mas a
CPI, até o presente momento, ainda está em andamento. E é necessário que seja
feita toda uma revisão do processo, para que nada seja deixado de lado, nesse
caso, para que todos que precisem ser responsabilizados pela situação do país
de fato sejam.
Ademais,
o debate político chegou em um ponto que não pode ser ignorado e dizer que não
gosta de política por isso não se posiciona, pois o estado que o país se
encontra é deplorável e desumano, não ligar para isso é ser um tanto egoísta e
sem preocupação com os direitos humanos. Nesse sentido, os ídolos formulados
por Bacon podem se encaixar bem nisso, porque eles significam falsa noções,
crenças, ideologias, olhar o mundo dentro de uma bolha e só aceitar um
pensamento que é parecido com o seu, e que prejudicam o avanço da ciência e da
racionalidade humana, e nesse caso da pandemia, prejudicam a vida de milhares
de pessoas.
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