Ao
decorrer da história foram variadas as maneiras de adquirir-se o conhecimento
para compreender os eventos que ocorrem na sociedade. René Descartes e Francis Bacon
foram filósofos que no século XVII desenvolveram métodos que pela primeira vez
priorizava o poder de transformação, diferentemente de seus antecessores que trabalhavam
exclusivamente com a contemplação.
Com
isso, deu-se inicio as primeiras bases para o desenvolvimento da Ciência Moderna.
Por meio dos estudos instituídos por esses dois filósofos, o conhecimento se
estabelece em um viés neutro, no qual deveria ser guiado pela razão e pela experiência,
liberto de sentimentos – cívicos, religiosos – e pré noções. Além disso, para
Bacon e Descartes, ainda assim, existia um ser perfeito que havia colocado a razão
no homem. Na visão de René, Deus continua sendo o último referencial do conhecimento,
desse modo, a ciência e a fé não se excluem.
Entretanto,
na contemporaneidade, noções ideológicas (chamadas de falseamento do real por
Bacon) despertaram na sociedade brasileira uma negação acerca de conquistas
racionais que batalharam para se estabelecerem de maneira efetiva. A recusa da
ciência que alcançou fins práticos para o bem do homem, gera uma regressão da
evolução até então obtida.
Para
Francis Bacon, antecipações da mente são bases para o senso comum, gerado a
partir de especulações que são desprovidas de bases sólidas. E na atual conjuntura
nacional, essa antecipação da mente ocorre, infelizmente, constantemente,
tornando-se um alicerce para a construção de movimentos – antivacina,
terraplanista, negacionista – que anteriormente já haviam sido refutados
cientificamente, com comprovações fundamentadas pela razão e pela experiência.
Portanto, parafraseando Francis em sua obra Novo Organum “A verdadeira causa e raiz de todos os males que afetam as ciências é uma única: enquanto admiramos e exaltamos de modo falso os poderes da mente humana, não lhe buscamos auxílios adequados.” A aceitação de falsas noções que não são ao menos comprovadas após críticas, proporciona a disseminação de ideais que provocam um retrocesso nos avanços antes conquistados. Por isso, a cura da mente – proposta por Francis – e a interpretação da natureza – estuda por Descartes -, tornam-se necessárias em qualquer época vivida pelo homem, para assim, evitar que falácias do imaginário popular gerem uma desordem na sociedade.
Maria Fernanda Barra Firmino - 1° ANO MATUTINO
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