Descarte a ideia de que conhecer é mais perfeito do que duvidar
Nem sempre quero racionalizar meus sentimentos
Uma vez que ao ousar entender o mundo e a mim, diminuo os dois
E, mesmo que eu seja, mesmo que sinta, não quero aceitar ser menor do que já sou
Não somos máquinas, René, não somos relógios
Como ser, sinto, sou
Sinto o choro da minha mãe
Caçada, posta para trabalhar, escrava
Sou o cientista, sou o aparelho que tortura
Impiedoso, mentiroso, parricida
Era como imaginava, Francis?
Não quero sempre conhecer
Não quero sempre duvidar
Não quero escravizar
Não quero ser escravo de pensamentos mortos de homens mortos
Não posso ser mecanicista
Porque se fosse peça, não sentiria a máquina inteira em mim
Mas sinto
Andrew dos Santos Carneiro,
Primeiro ano de Direito noturno
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