Quem nunca ouviu "porque sim não é resposta"?
A partir de uma mera lembrança da
infância, o presente texto reflete sobre a necessidade de compreensão por parte
do homem pensante. Como uma simples cena fictícia pode servir de base para
refletir uma intuição simples do ser-humano quanto aos questionamentos?! Assim
como Bacon e Descartes, em seus respectivos tempos, que objetivaram viabilizar
o progresso das ciências, o instinto humano se demonstra com um ser ciência que
sempre busca algo a mais.
A lembrança do momento nada mais é
do que o quadro de um antigo seriado da TV Cultura, popular na década de
noventa, o qual o garotinho Zequinha, personagem mais novo do enredo do Castelo
Rá-Tim-Bum, diante da incompreensão de uma nova forma de conhecimento, seja especulativa
ou empírica, questionava os outros personagens incansavelmente, os próprios
colegas de aventura ou os demais e variados personagens da série, ao ponto de
não conseguir melhores respostas para o seu incessante “Por quê?” que culminava
em um impaciente bordão coletivo: - “Porque sim, Zequinha!”. Logo após, ocorria
à intervenção de um outro personagem chamado Telekid, que respondia à pergunta
contrariando a realidade imposta ao garoto Zequinha com os dizeres: “Porque
Sim, NÃO é Resposta!”
Assim, como ambos os filósofos estudados,
que buscaram mostrar ao homem como sua percepção de mundo pode estar errada e
corrompida por preconceitos e interesses pessoais, além de apresentar-lhe
métodos para solucionar o problema. A partir da a mente de uma criança, cheia de
anseios pelo saber e aprendizado ou a mente de um homem pré-moldado pelo seu espaço
e tempo, a busca pelas respostas deve ser capaz de revogar os ídolos que
interferem na percepção da realidade a sua volta e de usar a razão.
Gabriela Sá Freire Paulino, Direito
Diurno, 1º Semestre.
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