Felizmente ou infelizmente o tema sobre do
aborto está de volta, principalmente por causa da votação da PEC 181.
Incrivelmente, há quem a defenda. Sim, acredite! Principalmente a bancada
evangélica, por se tratar de "uma vida". E tem, também, pessoas, lúcidas, que repudiam
essa ideia.
Segundo Bourdieu, o direito viria
para inibir, teoricamente, grandes conflitos: “interpretação regulada de textos
unanimemente reconhecidos”. Essa é a questão, não é unanimemente reconhecido.
Além disso, não está acontecendo, no Brasil, a universalização proposta pelo
autor, até porque há uma disparidade ideológica entre ou doutrinadores entre
si, e até mesmo entre os operadores.
Olhando pela ótica reacionária, geralmente,
as pessoas que rechaçam a ideia do aborto citam o artigo 4.1 do pacto de San Jose
da Costa Rica, que diz: “Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua
vida. Esse direito deve ser protegido
pela lei [...]”. Agora uma mulher gerar um filho de um estuprador não é
desrespeito a vida dela? E mesmo correndo risco de vida, a mulher tem que
continuar a gravidez, segundo a PEC 181 que prevê o não aborto irrestrito.
A bancada evangélica compartilha
da mesma opinião, porém, esquecer de ler a própria bíblia que em 1Coríntios
6:12 diz: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm.”; ou
seja, dá o livre-arbítrio. Mas, não são todos os cristãos que compartilham de
tal opinião, mulheres católicas foram a manifestação, na cidade de São Paulo,
protestar contra a PEC181 no dia 13/11/2017, como fica evidente na imagem
acima.
Em suma, há uma nuvem de
retrocesso no ar e cadê os doutrinadores para acabar com tal ato? Cadê a
leitura correta do Pacto de San Jose? Cadê a leitura correta da Bíblia? Cadê a
liberdade? É incrível como não há liberdade, não há escolha! Livre-arbítrio no
próprio corpo é um sonho. Até quando essa opressão vai durar? Mil anos? Um dia?
Gustavo Maciel Gomes - 1 ano - Noturno
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