Max Weber, no século XIX, condicionou seus pensamentos acerca
de dois pontos: a religião e o capitalismo. Para este, em uma primeira análise,
a religião era um dos fatores chave para as diferenças entre o desenvolvimento
ocidental e oriental, acarretando, naquele, o surgimento do sistema econômico capitalista.
Já em uma análise posterior, Weber disserta sobre o a função
da sociologia e do conhecimento. Aquela teria o papel de compreender o sentido
da ação social, enquanto este deveria ser pautado em bases neutras, no qual os
valores do sociólogo não deveriam influenciar na sua pesquisa.
Os objetos socioeconômicos, na visão weberiana, dividir-se-iam
em três categorias: os especificamente econômicos, ligado às suas condições
materiais; os economicamente condicionados, ou seja, aqueles que por si só não apresentariam
um caráter econômico, mas são assim transformados pelo capitalismo; e por fim,
os economicamente relevantes, configurados nas necessidades materiais da
natureza dos meios de poder.
Uma ferramenta de análise de tais objetos seria o conceito
de “tipo ideal”. Parte-se de uma ideia geral, definindo-se características
diversas que, posteriormente, serão anuladas no decorrer do estudo. Para Weber,
obtém-se um tipo ideal mediante a
acentuação unilateral de um ou de vários pontos de vista e mediante o
encadeamento de grande quantidade de fenômenos isoladamente dados, difusos e discreto,
que se podem dar em maior ou menor numero ou mesmo faltar por completo.
Por fim, Weber introduziu o conceito de ação social,
referindo-se a qualquer ação que considera as ações de outros indivíduos e
modifica-se baseada nesses eventos. São elas: a ação social em relação a um
objetivo (combinando meios para atingi-lo); ação racional em relação a um valor
(pautado em seus ideais); ação afetiva ou emocional (estimulada por paixões);
e, finalmente, ação tradicional (estimulada por caráter intrínseco ao ser, como
costumes e crenças).
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