O filme
Madame Satã, conta a história de João Francisco, homem negro, homossexual e
pobre, que morava no Rio de Janeiro da década de 1930. História essa inspirada
em fatos reais, em um homem real. À vista disso, o filme retrata não apenas
essa história em específico, mas a condição marginalizada na qual viviam esses
grupos minoritários naquela época.
Apesar
de João apresentar características do típico malandro carioca, sempre assumiu
com orgulho sua sexualidade, algo inédito para seu tempo. Assim, Madame Satã
foi o nome artístico adotado por ele para realizar suas performances em algumas
casas noturnas da Lapa.
Como
homem pertencente a um grupo socialmente minoritário, João sofreu muito
preconceito e perseguição, principalmente policial. Entretanto, é possível
identificar que, apesar de grandes conquistas, tanto do movimento negro quanto
do movimento LGBTQ+, a condição social de pessoas como João não mudou tanto
desde 1930.
Ainda
assim, é necessário celebrar cada mínima conquista, pois ela representa um passo
em direção a um futuro melhor e mais igualitário. A mais recente dessas
conquistas foi à criminalização da homofobia pelo STF. A ADO n°26 julgada,
junto a Lei de Racismo, criminalizam todas as formas de homofobia, tanto
psíquicas quanto físicas, justamente pelo grupo LGBTQ+ ser historicamente vulnerável
e oprimido. Uma vitória para todas as “Madames Satãs” existentes Brasil afora.
Paula Fávero Perrone 1° ano direito-matutino
Nenhum comentário:
Postar um comentário