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segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Madame Satã, uma história atual


                O filme Madame Satã, conta a história de João Francisco, homem negro, homossexual e pobre, que morava no Rio de Janeiro da década de 1930. História essa inspirada em fatos reais, em um homem real. À vista disso, o filme retrata não apenas essa história em específico, mas a condição marginalizada na qual viviam esses grupos minoritários naquela época.
                Apesar de João apresentar características do típico malandro carioca, sempre assumiu com orgulho sua sexualidade, algo inédito para seu tempo. Assim, Madame Satã foi o nome artístico adotado por ele para realizar suas performances em algumas casas noturnas da Lapa.
                Como homem pertencente a um grupo socialmente minoritário, João sofreu muito preconceito e perseguição, principalmente policial. Entretanto, é possível identificar que, apesar de grandes conquistas, tanto do movimento negro quanto do movimento LGBTQ+, a condição social de pessoas como João não mudou tanto desde 1930.
                Ainda assim, é necessário celebrar cada mínima conquista, pois ela representa um passo em direção a um futuro melhor e mais igualitário. A mais recente dessas conquistas foi à criminalização da homofobia pelo STF. A ADO n°26 julgada, junto a Lei de Racismo, criminalizam todas as formas de homofobia, tanto psíquicas quanto físicas, justamente pelo grupo LGBTQ+ ser historicamente vulnerável e oprimido. Uma vitória para todas as “Madames Satãs” existentes Brasil afora.


Paula Fávero Perrone   1° ano direito-matutino

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