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segunda-feira, 7 de outubro de 2019

 O longa metragem Madame Satã”,retrata a vida de um indivíduo que traduz toda a verdade buscada com a ADO 26, escancara quase todos os preconceitos existentes dentro da sociedade, inclusive, nos dias de hoje. João Francisco dos Santos, negro, pobre e homossexual é o protagonista do longa acima citado perpassando por várias etapas de sua vida, denotando a vida hostil imposta à ele cotidianamente.
Interpretado por Lázaro Ramo, ohomem negro, pobre, homossexual, morador de um cortiço na periferia do Rio de Janeiro, frequentador da boemia carioca da época, ao lado de prostituas, gays, alcoólatras e outros grupos marginalizados. É um ótimo lutador, utilizando-se da capoeira como uma maneira de defender-se quando se encontra perante alguma ameaça. Apresenta uma ótima ambientação, mostrando bem a realidade de uma significativa parcela da população da época.
No julgamento da ADO 26, no dia 13 de junho de 2019, os ministros decidiram por enquadrar atitudes contra os indivíduos das comunidades LGBT e outras nos termos da Lei nº. 7716/1989 (lei do racismo). Num país que trata o grupo LGBT+ dessa forma, em que o governo faz operações para prendê-lo, era mais do que necessário alguma medida para tentar mudar essa realidade. A mobilização do judiciário embora seja positiva em muitos aspectos deve ser utilizada com cautela, sobretudo em casos que há um envolvimento do direito penalAinda falta nos dias de hoje uma conscientização e sobretudo respeito a essas pessoas, pois sofrem diariamente com a discriminação explicita de grande parte da sociedade.
O filme retratada a mais baixa classe social, onde se exemplifica vários dos trabalhosdegradantes, consumo de drogas, violência, relação entre homossexualidade e prostituição, e dentre outros aspectos que acabam por marginalizar essas minorias bem como negação de seus direitos. Há cenas que também explicitam isso como, por exemplo, o desrespeito às prostitutas, onde simplesmente ignoravam seus direitos básicos e fundamentais, protegidos na CF/88, direitos estes inerentes a qualquer cidadão brasileiro.
Por fim, passados 17 anos do lançamento do filme que retratou uma realidade de anos no Brasil, ainda nos dias de hoje persiste, teima, na tentativa de perpetuar atitudes homofóbicas, desrespeitosas, discriminatórias, racistas, como sendo algo aceitável, a ADO 26, vêm sim em boa hora, pois é importante sempre destacar, que todos devem ser objeto de respeito, pouco importa sua opção sexual. Todos somos dignos e devemos ter nossas liberdades preservadas, pois sem liberdade ou com liberdade restrita, a derrota será sempre da dignidade da pessoa humana.

EMERSON DA SILVA REIS  1° DIURNO

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