Epistemologias do Sul
Desde
a colonização brasileira o grande método de sustento foi a agricultura para
fins de exportação, e devido a isto houve a concentração dos mais afortunados
em latifúndios espalhados por todo o país. Latifúndios os quais nem sempre são sinônimo
de produtividade, ocupando apenas território nacional com o propósito apenas de
especulação imobiliária.
Devido
a este fato muitos grupos de pessoas as quais não possuem terra para subsistência,
invadem estes grandes campos e ali tomam posse e começam a produzir. O Agravo
de Instrumento n° 70003434388 – TJRS acerca da Fazenda Primavera vem para
demonstrar o quanto é rotineiro estas invasões e após as mesmas as brigas
dentre o meio jurídico; sendo que no caso em questão se mostrando a improdutividade
os proprietários das terras foram vencidos no embate pelo MST.
No
texto apresentado por Sara Araújo ela parabenizaria ao tribunal do Rio Grande
do Sul, e classificaria esta decisão como um caso singular que deve ser seguido
por todos os magistrados. Já que a mesma defende que o direito atualmente está servindo
de alicerce para o capitalismo desenfreado, em uma visão bastante humanista ela
acredita que as minorias não tem voz no poder jurídico e quase sempre são oprimidas
e ficam sem “voz”.
Fica
então evidente que a decisão do TJRS traz o conceito da “Epistemologias do Sul”
que nada mais é que um projeto jurídico apresentado por Sara, o qual busca sempre
o pluralismo jurídico para diminuir as desigualdades e injustiças.
Leonardo
Souza da Silva - Norturno
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