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domingo, 26 de maio de 2013

O ciclo da luta de classes

          Marx e Engels propuseram um novo tipo de socialismo que não seguiria a ideia dos utópicos Fourier, Owen e Saint-Simon. Estes viam a explicação do socialismo como a verdade que seria revelada por homens especiais, mas o socialismo científico apresentado pelos primeiros teria sua base na análise empírica e material da sociedade.
        Embora Engels inicie seu texto fazendo um elogio ao iluminismo por considerá-lo importante ruptura com o modelo vigente anterior, considera-o também de um alcance limitado por suprimir os privilégios feudais, entretanto, criando novo privilegio que seria para a classe burguesa ascendente.
       O que é intrigante para Marx e Engels trata-se da luta de classes que na concepção desses pensadores deveria ser eliminada para que não só as classes privilegiadas alcançassem a liberdade, mas que todos pudessem atingir esse estágio. Esses sociólogos afirmam que o entendimento da luta de classes seria possível a partir da análise da história, já que a resposta para os males de qualquer época não poderia ser encontrada somente nas idéias. Designa-se materialismo dialético essa forma de buscar a compreensão da realidade através do método proposto.
       Ao analisar a história em seus diversos momentos, eles verificaram que todos os fenômenos seriam compostos de teses e antíteses e a partir disso se chegaria a algumas sínteses. Assim, conclui-se que na história sempre esteve presente a luta de classes, mas na visão desses pensadores a situação só poderia ser superada pelos proletários, que teriam os meios técnicos desenvolvidos no capitalismo para tal fim. Por fim, Marx e Engels propõem que os trabalhadores rompam com a forma que a economia de mercado se desenvolveu, provocando a miséria e a exploração proletária por meio da apropriação do valor excedente da produção pela burguesia.
       Entretanto, em meio a esse mundo capitalista que ainda vivemos na atualidade percebemos que em nenhum momento foi possível se alcançar essa supressão da luta de classes e, por ser o valor econômico o pensamento preponderante, continuamos assistindo à dominação de grupos poderosos economicamente e a triste realidade da miséria. Desse modo, presenciamos um ciclo onde apenas alteram-se os grupos dominantes e dominados, mas não se elimina a dominação.

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