Embora Engels inicie seu texto fazendo um
elogio ao iluminismo por considerá-lo importante ruptura com o modelo vigente
anterior, considera-o também de um alcance limitado por suprimir os privilégios
feudais, entretanto, criando novo privilegio que seria para a classe burguesa
ascendente.
O que é intrigante para Marx e Engels
trata-se da luta de classes que na concepção desses pensadores deveria ser eliminada
para que não só as classes privilegiadas alcançassem a liberdade, mas que todos
pudessem atingir esse estágio. Esses sociólogos afirmam que o entendimento da
luta de classes seria possível a partir da análise da história, já que a
resposta para os males de qualquer época não poderia ser encontrada somente nas
idéias. Designa-se materialismo dialético essa forma de buscar a compreensão da
realidade através do método proposto.
Ao analisar a história em seus diversos
momentos, eles verificaram que todos os fenômenos seriam compostos de teses e
antíteses e a partir disso se chegaria a algumas sínteses. Assim, conclui-se
que na história sempre esteve presente a luta de classes, mas na visão desses
pensadores a situação só poderia ser superada pelos proletários, que teriam os
meios técnicos desenvolvidos no capitalismo para tal fim. Por fim, Marx e
Engels propõem que os trabalhadores rompam com a forma que a economia de
mercado se desenvolveu, provocando a miséria e a exploração proletária por meio
da apropriação do valor excedente da produção pela burguesia.
Entretanto, em meio a esse mundo capitalista que ainda vivemos na
atualidade percebemos que em nenhum momento foi possível se alcançar essa
supressão da luta de classes e, por ser o valor econômico o pensamento preponderante,
continuamos assistindo à dominação de grupos poderosos economicamente e a
triste realidade da miséria. Desse modo, presenciamos um ciclo onde apenas
alteram-se os grupos dominantes e dominados, mas não se elimina a dominação.
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