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domingo, 26 de maio de 2013

Burguesia: por ela e para ela

 Engels valoriza a importância do conhecimento da história para a análise sociológica, econômica e política, seja atual e/ou passado. Sendo assim ele discorrerá apoiado na história sobre a formação do pensamento socialista, partindo da formação da racionalidade burguesa. Tal classe criou a revolução industrial mudando os parâmetros de mercado e produção, criando o sistema capitalista que vigora até os tempos de hoje, em uma espiral de crises.
O iluminismo rompe com a valorização do homem e da racionalidade rompe o com teocentrismo medieval. Engels aprecia tal movimento pelo cunho revolucionário. Porém sendo o iluminismo feito pelas classes burguesas, a racionalidade iluminista transformou-se na racionalidade capitalista burguesa.  A burguesia valorizando o mercado, e detendo o poder do capital. Impôs o seu modelo político, seu modo de produção, o capitalismo.
A revolução industrial intensificou todas as mudanças antes criadas pelas burguesia. Afinal o modelo de produção artesanal medieval se extinguirá, junto com o reconhecimento do produto com o produtor (produção pessoal). Agora a produção seria social onde o produtor não mais reconhece o produto, no qual exigiu sua força de trabalho. Portanto ocorre a mudança de sentimento de posse do produtor (antigo artesão, atual proletário), para o comprador; o detentor do capital. Porém o produto deve gerar lucro ao dono do meio de produção, o burguês. Assim os donos da fabricas exploram os trabalhadores pela Mais-valia.
Diante deste contexto surge uma corrente de pensadores “iluminados” que discorrem sobre um novo modelo social, que romperia esta diferença de classes. O socialismo primitivo de Saint-Simon, Fourier e Owen foi o início do desenvolvimento de teorias socialistas, o chamado socialismo utópico. Esses pensadores acreditavam que a solução par aos problemas da ordem capitalista viriam das classes mais privilegiadas da sociedade, diante de que a classe operária não era dotada do conhecimento para tal movimento.
Engels traz o socialismo para o caráter cientifico o impondo na realidade, criticando a metafisica. Sobre os socialistas utópicos Engels critica a parte em suas teorias, que afirmam que as mudanças viriam da burguesia. Afinal, apoiando-se em Marx, Engels acredita na revolução do proletariado sobre a burguesia. O socialismo para Engels seria o natural curso da história, pois a história e movida pela luta das duas classes que a transforma: a burguesia e o proletariado.

No século XXI vemos todos os problemas já enunciados por Engels agravarem-se, as crises vem e vão, a miséria agrava-se, o acumulo de capital aumenta, a distância entre as classes aumentam. Tornando tudo em mercadoria, cada dia o capitalismo fagocita mais um grupo social, econômico, político, enraizando-se e tornando-se cada vez mais hegemônico.

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