Burguesia: por ela e para ela
Engels valoriza a importância do conhecimento
da história para a análise sociológica, econômica e política, seja atual e/ou
passado. Sendo assim ele discorrerá apoiado na história sobre a formação do
pensamento socialista, partindo da formação da racionalidade burguesa. Tal
classe criou a revolução industrial mudando os parâmetros de mercado e
produção, criando o sistema capitalista que vigora até os tempos de hoje, em
uma espiral de crises.
O iluminismo rompe com a valorização do
homem e da racionalidade rompe o com teocentrismo medieval. Engels aprecia tal
movimento pelo cunho revolucionário. Porém sendo o iluminismo feito pelas
classes burguesas, a racionalidade iluminista transformou-se na racionalidade
capitalista burguesa. A burguesia
valorizando o mercado, e detendo o poder do capital. Impôs o seu modelo
político, seu modo de produção, o capitalismo.
A revolução industrial intensificou
todas as mudanças antes criadas pelas burguesia. Afinal o modelo de produção
artesanal medieval se extinguirá, junto com o reconhecimento do produto com o
produtor (produção pessoal). Agora a produção seria social onde o produtor não
mais reconhece o produto, no qual exigiu sua força de trabalho. Portanto ocorre
a mudança de sentimento de posse do produtor (antigo artesão, atual
proletário), para o comprador; o detentor do capital. Porém o produto deve
gerar lucro ao dono do meio de produção, o burguês. Assim os donos da fabricas
exploram os trabalhadores pela Mais-valia.
Diante deste contexto surge uma corrente
de pensadores “iluminados” que discorrem sobre um novo modelo social, que
romperia esta diferença de classes. O socialismo primitivo de Saint-Simon,
Fourier e Owen foi o início do desenvolvimento de teorias socialistas, o
chamado socialismo utópico. Esses pensadores acreditavam que a solução par aos
problemas da ordem capitalista viriam das classes mais privilegiadas da
sociedade, diante de que a classe operária não era dotada do conhecimento para
tal movimento.
Engels traz o socialismo para o caráter
cientifico o impondo na realidade, criticando a metafisica. Sobre os
socialistas utópicos Engels critica a parte em suas teorias, que afirmam que as
mudanças viriam da burguesia. Afinal, apoiando-se em Marx, Engels acredita na
revolução do proletariado sobre a burguesia. O socialismo para Engels seria o
natural curso da história, pois a história e movida pela luta das duas classes
que a transforma: a burguesia e o proletariado.
No século XXI vemos todos os problemas
já enunciados por Engels agravarem-se, as crises vem e vão, a miséria
agrava-se, o acumulo de capital aumenta, a distância entre as classes aumentam.
Tornando tudo em mercadoria, cada dia o capitalismo fagocita mais um grupo
social, econômico, político, enraizando-se e tornando-se cada vez mais
hegemônico.
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