A dialética de
Friedrich Engels é enraizada em seu interesse pela Economia Política. O
historiador da luta de classes revela o motor da sociedade como o antagonismo
entre possuidores e despossuídos. Tendo como ponto de partida a filosofia
clássica antiga, e sua desestruturação, segue ao capitalismo, ao socialismo
utópico até atingir o auge do socialismo científico. Desmistificando Hegel,
Engels concretiza a Dialética Materialista buscando as origens, como
experiência histórica, afastando a explicação racional de seus fundamentos. O
pensador alemão afirma a importância da pesquisa histórica, para se obter os
instrumentos necessários correspondentes às ciências em questão. É a partir
desse pensamento socialista que é possível compreender a crise atual
capitalista que o mundo vive, principalmente na Europa. Engels estuda a
história da humanidade como a história da luta de classes, que sempre existiu
na sociedade. Assim, após todo auge econômico, desencadeia-se uma crise, que
posteriormente será recuperada, e assim por diante. Logo, podemos observar a
Alemanha derrotada na Primeira Guerra Mundial, e sua ulterior ascensão nazista,
em seguida ela decai na Segunda Guerra, e hoje é potência econômica “mãe” dos
europeus, que mantém os outros países da União Europeia relativamente estáveis
em meio à crise. Ou seja, é o modo de produção, o sistema econômico que move o
mundo. E o mundo está em constante mudança social, em transformação permanente.
Contudo, o socialismo científico, segundo Engels, será o fim desse círculo
vicioso, pois toda humanidade caminha em direção a esse estado social de
igualdade e plenitude.
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