Marx e Engels são considerados os pais do
socialismo científico. Em "Do socialismo utópico ao socialismo científico”,
publicado em 1880, Engels apresenta esses dois tipos de socialismo e suas
particularidades, resultando em uma simples e concisa explicação do pensamento
marxista.
Inicialmente Engels faz um elogio ao Iluminismo, aos
pensadores franceses que “iluminaram os cérebros para a revolução que se havia
de desencadear” mas ele o critica pelo fato de que no final apenas os vontades
burguesas foram atendidas, o que fez que a burguesia carregasse “em suas entranhas sua própria antítese”.
Depois Engels apresenta os primeiros
pensadores socialistas, pertencentes ao socialismo primitivo, que ele denomina
de “grandes utópicos”: Saint-Simon, Charles Fourier e Robert Owen.
Então Engels expõe o socialismo com
ciência, a sua necessidade de se situar na sociedade, para isso ele analisa a
metafísica e a dialética, criticando aquela. Ele também faz uma explicação
filosofia de Hegel que, de certa forma, levou ao materialismo, responsável por
descobrir as leis da dinâmica do processo de desenvolvimento da sociedade.
E a “concepção materialista da história”,
onde o modo de produção e de troca é a base da ordem social, e a “revelação do
segredo da produção capitalista através da mais-valia”, a apropriação do
trabalho não pago, duas descobertas que Engels declara serem devidas a Marx, são
as responsáveis por transformar o materialismo em ciência.
Por fim, Engels afirma que o papel do
socialismo como ciência é ajudar o proletariado a pesquisar as condições
históricas para a sua ação.
Letícia Roberta Santos
Texto referente ao livro "Do socialismo utópico ao
socialismo científico”.
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