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domingo, 26 de maio de 2013


                     A história é a tradução do Socialismo


      O século XIX é marcado pela corrida do imperialismo e reflete as exacerbações do industrialismo avassalador que se institui na Europa, mais precisamente na Inglaterra. O questionamento da indústria e seus benefícios efetivos para a sociedade, passam a influir nos pensamentos teóricos, pela primeira vez, através dos filósofos Karl Marx e Engels que irão se indagar acerca da forma como a sociedade se estabelece, em função dos conflitos advindos das imposições dispostas pelas classes detentoras dos meios de produção.
      Durante as revoluções que se instauram no início do XIX, as lutas sociais se afloram pela Europa e em decorrência das divergências de condições sociais, paradoxalmente estabelecidas num contexto em que o povo pegou em armas pelo continente para lutar contra as monarquias e, assim, proporcionou à classe burguesa seu triunfo, não houve repartição dos benefícios sociais conquistados, uma vez que o povo continuou sendo espoliado e à margem das conquistas adquiridas.
     Nesse contexto, em 1848, há, por atributo do filósofo Karl Marx, a divulgação da obra que iria revolucionar os meios de enxergar as causas das disparidades na vida em sociedade. Nesse ano, é divulgada a obra o Manifesto Comunista. Esta publicação revolucionou ao abordar o conflito de classes e apontar, este, como o gerador dos embates sociais ao longo da história.
        No caso da sociedade capitalista, os operários viviam em constante situação penosa, pois a burguesia organizava meios para que os trabalhadores permanecessem em uma situação excludente. Por meio da teoria da mais-valia, Marx e Engels, demonstraram que os trabalhadores não recebiam um pagamento equivalente ao valor das riquezas por eles produzido. Isso seria possível devido o monopólio dos bens de produção exercido pela burguesia e pela alienação dos trabalhadores que, por meio da especialização de seu trabalho, não sabiam ao certo o valor da riqueza que produziam.
       Mesmo assinalando todas as desigualdades e problemas do mundo capitalista, a teoria marxista propôs uma solução a essa situação injusta. Estudando as transformações da história, o marxismo percebeu uma relação dialética entre os homens. A partir daí, a instabilidade do mundo capitalista e a piora das condições do proletário abriu portas para o surgimento de ideias novas e contrárias à realidade vigente. Os trabalhadores tomaram consciência de sua situação e, por conseguinte, buscaram meios para que as diferenças que os afastavam da burguesia fossem de alguma forma superadas.
       Segundo o marxismo, a luta dos trabalhadores deveria mover-se em direção da tomada do poder político. Assumindo as instituições políticas, a chamada ditadura do proletariado deveria extinguir as condições de privilégio e dominação criadas pela burguesia. Instituindo um governo socialista, as desigualdades e as classes sociais deveriam ser abolidas. Os meios de produção deveriam ficar nas mãos do Estado e toda riqueza deveria ser igualitariamente dividida. 


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