Friederich
Engels faz uma analise da sociedade aproximando-se a filosofia de Heráclito:
tudo flui, nenhum evento ocorre isolado de outro. Assim, para Engels, a
história da humanidade possui uma continuidade inerente formada por síntese e
antítese, a chamada dialética.
Com esse fundamento deu-se também, por
exemplo, a ascensão da burguesia partindo da Revolução Francesa; para o autor,
a burguesia já nasce se contradizendo, na medida em que ao querer derrubar a
nobreza e destituií-los dos privilégios, a intenção era assumir a posição que
ficaria vaga. No entando, nem todos os burgueses poderiam ocupar a mesma
posição, uma fatia da burguesia ficaria de fora e continuaria sofrendo abuso de
quem estivesse acima dela. Na primeira
situação, a nobreza constituia a síntese e a burguesia a antítese. Após a
Revolução de 1789 a alta burguesia passou a ser a síntese e a baixa burguesia a
antítese.
A
partir da análise histórica, Engels e Marx chegaram à conclusão de que a a
história da humanidade se baseia na luta de classes e a exploração imposta à
esmagadora maioria da população na sociedade capitalista só se daria pela
destruição das classes, obtida a partir de uma ditadura do proletariado. Esse
novo Estado totalitário deveria assumir o controle dos meios de produção de
modo a poder destribuir as riquezas antes concentradas e formar, por fim, uma
sociedadade sem Estado e sem diferenças sociais, livre de exploração.
Carolina Paulino
Fontenla – Direito diurno
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