Todos sonham com a liberdade, muitos acreditam possuí-la e
poucos têm a sensibilidade para perceber que somos, nada mais que escravos. Mas
espere um momento, as revoluções burguesas do século dezoito nos libertaram, rompendo
com o autoritarismo monárquico. Claro, a burguesia lutou e foi capaz de
destruir os privilégios da nobreza, mas criou seus próprios privilégios, e a
liberdade alcançada, não passa da liberdade de mercado. Somos todos,
definitivamente, escravos do sistema capitalista.
Diante dessa falsa libertação feita pelos burgueses, o
Socialismo propõe a emancipação de toda sociedade, destruindo as diferenças de
classe, causadas essencialmente pela lógica injusta do capitalismo. Nessa
lógica, surge a princípio um socialismo utópico, idealizado, que muito critica
, mas não dá soluções eficazes, entre seus seguidores temos Charles Fourier,
Robert Owen e Saint Simon.
Marx e Engels propõe, em contrapartida, um socialismo
científico, pautado na lógica do Materialismo dialético, que parte do principio
que a sociedade é dinâmica, não estática e monótona, e analisa sua base (a
economia) segundo dados empíricos, em consonância com a ciência. Mostra-se
dessa forma, como uma ideologia da realidade, que têm os pés no chão.
Essa análise real da sociedade, mostrou muita miséria, muito
desemprego e a coisificação do homem. A Revolução Industrial promoveu o
enriquecimento dos detentores dos meios de produção e o empobrecimento material
e espiritual daqueles que não tinham outra saída, a não ser submeter-se a condições
desumanas para ter o que comer. Nesse contexto desolador, a missão do
materialismo dialético é desvendar as leis do desenvolvimento histórico e
entender a luta de classes, que o move.
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