Fredrich Engels e Karl Marx
ao desenvolverem o Socialismo Científico estabelecem teoricamente o mundo dos
opostos. Para os pensadores em questão o socialismo defendido até ali por
Saint-Simon, Fourier e Owen era uma utopia, pois segundo esses últimos intelectuais
a teoria socialista e o ideal de igualdade entre as classes seria revelado a
pessoas consideradas especiais e não se sabia ao certo quando tal revelação
aconteceria. Sendo assim, Marx e Engels consideram que na verdade o Socialismo
é uma ideia construída e mais que uma teoria deve ser uma prática
político-social.
Sendo os autores da obra em
análise, a história sempre foi história da luta de classes, pois o trabalho é
um ofício inerente à natureza humana e desde sempre houve separação entre os detentores
da força produtiva e dos donos dos meios de produção. Com isso, diz-se que há o
mundo dos opostos mostrado por Marx, pois se viveu e vive-se num mundo no qual
existe esta segregação e que proporciona desigualdades que levam a uma luta de
classes.
O socialismo não é
contrário ao desenvolvimento e a modernidade, ao contrário disso, ele apoia.
Contudo, é a partir do desenvolvimento industrial que a alienação do
trabalhador em relação ao que é produzido surge e isto agrava a situação de
luta de classes. A mecanização do trabalho cria uma classe proletária alheia
àquilo que produz e que se torna cada vez exposta à exploração do burguês. A
crítica socialista científica vem a esse ponto, pois declara que uma classe, a
burguesia, que lutara sempre por ser livre frente aos nobres passou a oprimir
seus operários, tirando a dignidade humana no trabalho e consequentemente na
vida dos mesmos.
O que se pode associar hoje
ao socialismo, não é a questão da empregabilidade deste ou não e se o sistema
capitalista já carrega dentro de si o gene da própria destruição, mas a
banalização com que ainda se trata o homem, principalmente aquele explorado
seja por condições desfavoráveis financeira e intelectualmente.
Camila Gabriele Pereira de Faria
1º ano direito noturno
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