A relação entre o Direito e a liberdade foi sempre controversa, principalmente nos dias de hoje. Seguindo uma linha marxista de análise histórica, a classe socialmente mais alta tem suas ideias predominantes. Assim, a liberdade, hoje, teria um sentido burguês, um sentido que está também positivado em nosso Direito. Essa liberdade, porém, é de caráter contratual e assegura a propriedade privada, não cuidando de acabar com as desigualdades sociais
Marx faz uma forte crítica à religião. Considera que “o homem faz a religião; a religião não faz o homem” e esta seria apenas um paliativo criado com objetivo de esclarecer os fatos e indagações humanas para as quais não se teria outra explicação, bem como para acalmar o povo, trazendo a eles a expectativa da felicidade baseada no seu imaginário. A religião seria “o ópio do povo”, não permitira a visualização da verdade e só direcionaria o homem a não encontrar o verdadeiro caminho de sua realização: concentrar suas ações e pensamentos no real, no terreno, no palpável e, a partir disso, encontrar a felicidade.
Baseando-se no Estado alemão que, segundo Marx, estaria muitos anos atrasado em relação aos regimes políticos já vigentes em outros países da Europa, o autor defende o uso de duas forças para libertação política de sua nação: o uso da filosofia e da força proletária. Baseando-se em sua afirmativa de que “o proletariado seria o coração da emancipação, enquanto a filosofia seria a cabeça”, Marx prega que a Alemanha seria muito rica no campo cultural, com uma gama de filosofias coerentes muito desenvolvidas, mas sem qualquer aplicação das mesmas na realidade diária da política nacional. A Alemanha estaria envolta no atrasado regime absolutista bem como afogada em princípios religiosos irreais e alienantes. Assim sendo, seria ideal que uma reforma fosse promovida e a melhor forma para que isso acontecesse seria pela união das duas maiores forças que compunham o Estado Alemão: o proletariado e a filosofia. Dessa forma, foram dados os primeiros passos na vida de Marx na tradução de seu futuro pensamento revolucionário que promoveria o avanço dos Estados pela instauração de uma forma de governo justa, adquirida através da revolução popular.
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