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segunda-feira, 23 de abril de 2018

Flutuações de mercado e suas consequências


   A partir das crises que o capitalismo apresenta, as ideais contidas no livro Manifesto Comunista são validadas. O grande exemplo é o operário que, visto como mercadoria pelo sistema, esta sujeito a todas as fragilidades das leis de mercado. Logo, a cada período de recessão que o país sofre o primeiro a sentir é o trabalhador.
   Sendo assim, nada mais oportuno do que adotar medidas para atenuar os prejuízos dos empresários. Dentre essas mudanças, a diminuição da carga horária e do salário ocorre fundamentadas na ideia que de, a partir delas, as demissões seriam menores. Entretanto, enquanto a classe trabalhadora colhe a suposta modernização das leis trabalhistas a burguesia continua intacta.
   Esse antagonismo é evidente quando projetos legislativos são aprovados mesmo sem apoio popular. A burguesia usa de todas suas influencias para garantir o lucro e seu status quo. A mais recente medida foi a aprovação da reforma trabalhista. Nela os trabalhadores ficam mais vulneráveis nas relações de trabalho, pois podem negociar diretamente com o patrão. Além disso, pode perder o potencial de organização, já que a contribuição sindical deixa de ser obrigatória.
   Mesmo com justificativas de que essas medidas são para atenuar a crise pesquisas mostram que os ricos ficam mais ricos, desta forma o questionamento presente na música da banda Plebe rude é atemporal: “ com tanta riqueza por aí, onde é que está, cadê sua fração?”.


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