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segunda-feira, 19 de julho de 2021

Um futuro não tão brilhante

 

Um Brasil que assassina, que tortura, que aterroriza.

O país que mais mata mulheres transexuais. Em que tantas pessoas negras morrem por dia, que paramos de prestar atenção em seus nomes.

“Ordem e progresso” diz a bandeira. Uma ordem de opressão e um progresso apenas para alguns.

Que pais é esse que diz “cumpra seu papel social prescrito, nem que ele seja sofrer”?

“Trabalhe cada vez mais, não questione. Você tem um dever, seus direitos não importam”

Crueldade sendo idolatrada, relatos de torturadores servindo como livro de cabeceira.

O que são pretos, indígenas, lgbtq+ e mulheres, se não carne barata e dispensável?

E em sua própria concepção, o positivismo incorporado na cultura brasileira estipula que ao renunciar descobrir a origem de uma questão, também não sabemos seu destino final.

Sem visão de futuro, sem previsão para acabar.

E a questão que persiste é: que tipo de futuro tem um país construído nessa mentalidade?


Vitoria Talarico de Aguiar, direito matutino.

 

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