Um Brasil
que assassina, que tortura, que aterroriza.
O país que
mais mata mulheres transexuais. Em que tantas pessoas negras morrem por dia,
que paramos de prestar atenção em seus nomes.
“Ordem e
progresso” diz a bandeira. Uma ordem de opressão e um progresso apenas para alguns.
Que pais é
esse que diz “cumpra seu papel social prescrito, nem que ele seja sofrer”?
“Trabalhe
cada vez mais, não questione. Você tem um dever, seus direitos não importam”
Crueldade
sendo idolatrada, relatos de torturadores servindo como livro de cabeceira.
O que são
pretos, indígenas, lgbtq+ e mulheres, se não carne barata e dispensável?
E em sua
própria concepção, o positivismo incorporado na cultura brasileira estipula que
ao renunciar descobrir a origem de uma questão, também não sabemos seu destino
final.
Sem visão de
futuro, sem previsão para acabar.
E a questão
que persiste é: que tipo de futuro tem um país construído nessa mentalidade?
Vitoria Talarico
de Aguiar, direito matutino.
Nenhum comentário:
Postar um comentário