A corrente filosófica positivista, desenvolvida pelo francês Augusto Comte durante o século XIX, é pautada mediante uma concepção que intenta uma reorganização social. Essa, afim de alcançar o estágio positivo, se livra de qualquer gênese teológica ou abusão generalizada, findando um corpo social regido pela “ordem” e pelo “progresso”, assim como descrito na bandeira brasileira atualmente. Isto é, as políticas públicas do país ainda são guiadas por essas correntes, amparadas, principalmente, pela classe média.
No entanto, esse positivismo defende que essa ordem e esse progresso só podem ser alcançados quando as pessoas deixam de lado suas individualidades e suas necessidades em pró da conservação social para constituir, assim, um Estado Forte. Desse jeito, a moral humana é a concepção de que o bem público só alcança seu deleite distante das rebeliões, protestos e reivindicações da população. Mas, como essa corrente é regida, em suma maioria, pelo os que detém dos privilégios e visam continuar com eles, o apoio para com as classes que necessitam sempre serão ignorados ou mal vistos. Ou seja, o problema que afeta a comunidade nunca será questionado, investigado ou solucionado, porém, sempre mascarado. Máscaras essas apoiadas pela religião, pela moral da família e pela ordem.
Considerando o que já foi dito, um dos exemplos de tentativa para dissimular esses que tentam infringir os bons costumes é a imposição de um pensamento neutro nas escolas, uma vez que, com a falta de conhecimento e posicionamento, a chance de revolução da maioria se torna inexistente. Seguindo essa perspectiva, outro ponto a ser citado é crescimento da taxa de violência contra os que se identificam transexuais, travestis, gays, lésbicas etc. Justamente por afetarem essa moral que agride a ordem constituída por heteros e cis até então no nosso país.
Outro exemplo desse despautério é o incentivo recorrente do governo federal para que as pessoas continuem saindo de casa para efetuarem e ocuparem seus respectivos cargos profissionais em plena pandemia, isso com a justificativa de que o país não pode estagnar, afetando assim o “progresso” da nação, deixando de lado e ignorando as milhões de vidas afetadas pelo vírus. Contudo, para concluir, basta deixar claro que o positivismo e qualquer coisa que impossibilita qualquer revolução é um erro e que sem revolução não há progresso, provando também a grande hipocrisia dessa corrente.
Vinicius Estevan Branquinho | Direito - Noturno 1° Semestre
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