O positivismo nasce no contexto da revolução industrial como uma
consequência da tentativa de Auguste Comte de formar uma das primeiras
formas de estabelecer as características técnicas das ciências humanas,
encaixando-as no seu devido espaço intelectual. Que na época estava quase
que dominado pela ciência natural, que estava ganhando um grande impulso
graças a própria revolução industrial, que enaltecia as grandes descobertas na
área das ciências naturais. Então, justamente por essa vulnerabilidade, Comte
se vê obrigado a “desenvolver “e acabar com essa defasagem nas
humanidades, baseando-se na montagem de um método cientificista como
feito em outras áreas anteriores ao próprio positivismo.
Essa filosofia positivista, tem como característica combinar a conservação e o
melhoramento, visando a “ordem e progresso”, usando como base a
centralidade moral e o amor a sociedade, logo condena o indivíduo em prol da
sociedade, descartando o homem e assumindo apenas a sociedade como meio
para a evolução. Além disso tenta resolver os problemas sociais com base na
explicação e intervenção da situação, em outras palavras busca resoluções
imediatas, onde são vistas as consequências, mas não são interpretadas as
causas.
Portanto, fica nítido que essa física social tem muitos traços de uma
pseudociência, justamente pelo fato de procurar a resolução de determinadas
situações de maneira imediata, que acaba causando uma falta de profundidade
e de interpretação nos problemas, produzindo um raciocínio superficial e
equivocado, além de se fundar frequentemente em ideias deterministas.
Aplicando um pensamento de moral patriarcal, ou seja, apresenta uma
prioridade seletiva, impedindo a igualdade social para com as minorias e
culpando as mesmas pelas dificuldades, com o intuito de diminuir os motivos
de nossas lutas, categorizando as culturas e destruindo as culturas não
predominantes.
Vinícius Barboza Felix dos Santos, Direito Matutino.
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