A situação social, política e jurídica brasileira atual é, de forma comprovada, alarmante. Francis Bacon, em seu livro Novum Organum, revela que a ciência como um mero exercício da mente se torna inútil, o que convida a refletir sobre como as três esferas têm sido utilizadas de forma equivocada. Desse modo, é necessário analisar outras maneiras de ocupá-las.
Grandes filósofos, como Descartes e Bacon, apresentam um método com direção para a fundamentação das ciências em seu máximo, através da observação da sociedade, fragmentando e analisando as lacunas com rigor, para que a teoria se encaixe na realidade. No âmbito jurídico, a consequência poderia ser vista com a união do Direito Objetivo e do Direito Subjetivo, ambos sendo permeados pela nova maneira de pensar ciência.
Entretanto, o engajamento não deve partir somente dos profissionais de justiça, mas também da população. As faltas, cometidas pelo mau exercício de ciência e poder, devem ser externadas, para que o conjunto sociedade + juristas possam garantir sucesso. Um exemplo dessa união é visto com as manifestações do MTST e das conquistas alcançadas, mas não sem a colaboração de cientistas jurídicos. Nesse sentido, a ocupação de outras formas de racionalidade, no caso a observação das mudanças sociais e as expressões que as seguem, é crucial para que o Direito se torne molde da prática e consiga ser mais concreto.
Por fim, há uma urgência de modificação do "fazer ciência". Os pensadores anteriormente citados buscaram pela ciência que reflete o mundo (o que Descartes define como "o livro do mundo"), apreende e transforma, para obter uma racionalidade abrangente e verídica. Portanto, ao tomá-los como base, há apenas o progresso como usofruto.
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