O direito e as minorias
A
escassez de representatibilidade das minorias no direito o torna cada vez mais
elitizado e nas mãos de poucos. Em uma sociedade com uma imensa diversidade cultural
é muito estranho que ao observar as pessoas que possuem posição de destaque no
direito serem pertencentes quase que em sua totalidade a uma mesma esfera
social e cultural.
Em
um país tão carente de igualdade quanto o Brasil, é extremamente triste ver que
a grande maioria das pessoas não possuem representação no direito, pois essa é
uma das causas do abismo social existente no país, já que não é novidade pra
ninguém que no final das contas as pessoas acabam por defender os interesses do
meio a que pertencem e, sabendo disso, aqueles que desejam ter uma sociedade
mais igualitária e justa tem por obrigação lutar pela diversidade não só no
direito mas em todos os meios sociais.
A
melhor e mais eficaz maneira de tornar esse sonho possível é através da educação
pois quanto maior for a diversidade dentro das universidades, mais as pessoas
de diferentes esferas sociais e de diferentes costumes e etnias bem como de
orientação de gênero distintas passarão a ter a chance de ocupar lugar de
destaque no direito e podendo garantir assim os interesses e necessidades
daqueles oriundos do mesmo meio ou da mesma situação social.
Além
disso é muito importante a representatividade das minorias não só no direito
enquanto ciência mas também em todos os aspectos sociais, para que seja
possível que as nossas crianças, adolescentes, adultos e idosos se sintam
representados e acreditem ser capaz alcançar tais posições.
Um
grande passo já foi dado nesse sentido com a política de cotas pois dessa forma
garantimos uma maior diversidade etnica e cultural dentro das universidades
possibilitando assim que num futuro não tão distante tenhamos cada vez mais um
mundo plural e justo para todos.
Rafael Lima Rodrigues Arantes - Direito XXXV - Noturno.
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