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domingo, 11 de março de 2018

O abismo entre a Lei e a Realidade




“Pois acreditava poder encontrar muito mais verdade nos raciocínios que cada um forma no que se refere aos negócios que lhe interessam... do que naqueles que um homem de letras forma em seu gabinete”, essa frase pertence ao livro “O discurso do método”, de Descartes e podemos relacioná-la com a criação de leis no Brasil, as quais muitas vezes estão muito aquém da realidade da população.
O Estatuto da Cidade supostamente garante à população alguns direitos básicos tais quais: direito à terra urbana, à moradia, retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na subutilização ou não utilização. Contudo, sabe-se que existe uma distância muito grande entre o texto da lei e a prática. A realidade é que grande parte da população brasileira encontra-se vivendo em situações completamente precárias, enquanto os formuladores das leis estão em uma realidade completamente diferente.
Por conta dessa situação de inviabilidade da lei, muitas vezes é necessário ocupar o direito, pois existem diferentes grupos sociais com demandas distintas ou como colocaria Francis Bacon existem Graus da verdade, com percepções sensíveis sob novas óticas. Podemos citar movimentos como o MTST ou MST, que demonstram claramente que a lei não é aplicada e eles mesmos precisam lutar para alcançar conquistas que já eram direitos deles como cidadãos. Portanto, vemos que a aplicação do direito na prática é muito diferente do que estava previsto na lei. Assim como o texto na constituição é distante da realidade e necessidades da população.


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