Francis Bacon em sua obra “Novum Organum” usa a experiência como
interpretação do mundo. Bacon, ainda, critica diversos assuntos, como: a
metafísica, a ciência apenas como exercício da mente, os gregos e sua filosofia
(a filosofia tradicional para ele não serve como bem estar do homem). Para
Bacon “saber é poder”. Ainda propõe de dois métodos: o cultivo das ciências (próprio
da filosofia tradicional) e a descoberta cientifica (exploração e
experimentação). O método dele, contudo, é tão fácil de ser apresentado como
difícil de aplicar. Consiste no estabelecer os graus de certezas, determinar o
alcance exato dos sentidos e rejeitar, na maior parte dos casos, o labor da
mente, calcado muito de perto sobre aqueles, abrindo e promovendo, assim, a
nova e certa via da mente, que de resto, provém das próprias percepções
sensíveis.
No que se refere ao "Novum Organum", Bacon preocupou-se
inicialmente com a análise de falsas
noções (ídolos) que se revelam responsáveis pelos erros cometidos pela ciência
ou pelos homens que dizem fazer ciência. É um dos aspectos mais fascinantes e de interesse permanente na filosofia de
Bacon. Esses ídolos foram classificados em quatro grupos: ídolos da tribo (ocorrem
por conta das deficiências do próprio espírito humano e se revelam pela
facilidade com que generalizamos com base nos casos favoráveis, omitindo os desfavoráveis); ídolos da caverna (resultam da própria educação e da pressão
dos costumes. Há, obviamente, uma alusão à alegoria da caverna platônica); ídolos
do fórum (estes estão vinculados à linguagem e decorrem do mau uso que dela
fazemos); ídolos do teatro (decorrem da irrestrita subordinação à autoridade
(por exemplo, a de Aristóteles). Os sistemas filosóficos careciam de
demonstração, eram pura invenção como as peças de teatro).
Portanto, partindo de seu pressuposto de que a melhor demonstração é de longe, a
experiência, desde que se atenha rigorosamente ao experimento, Bacon deixou seu
legado até os dias atuais pois a ciência passou a representar um meio em busca de um fim, qual
seja, o domínio do homem sobre a natureza. O desejo de Bacon de promover uma
reorganização do domínio do conhecimento humano, baseando-se não no antigo
conhecimento escolástico, mas no novo conhecimento científico foi partilhado
por educadores, filósofos e estadistas de seu tempo. À educação escolar caberia
assegurar a disseminação deste novo conhecimento que, devidamente unificado,
estaria ao alcance de todas as crianças.
Natalia Caetano - 1º ano noturno
Natalia Caetano - 1º ano noturno
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