No texto, Bacon começa descrevendo seu método como sendo o "estabelecimento de graus de certeza para determinar o alcance exato dos sentidos, rejeitando quase sempre o labor da mente", e aponta a existência de dois tipos de cientistas: Os que cultivam as ciências preexistentes pela Antecipação da Mente, por dedução; e os que praticam a descoberta científica pela Interpretação da Natureza, por investigação. Defendendo o último em detrimento do primeiro, afirma serem eles os verdadeiros formadores de ciência e opinião, inovadores, que partem do verdadeiro conhecimento da natureza para promover o desenvolvimento humano.
Define também quatro "Ídolos" capazes de obstruir a mente do homem, sendo: Tribo - a própria natureza humana, asserção de que eles são a medida das coisas -; Caverna - humanos enquanto indivíduos, cada um possuinte de uma cova que intercepta a luz da natureza -; Foro - associação recíproca de humanos entre si, graças ao discurso, a partir da qual as ideias compartilhadas bloqueiam o intelecto - e o Teatro - uso das doutrinas filosóficas e regras viciosas de demonstração.
Com sua afirmação da Natureza superior ao Homem, busca o oposto por meio de seu método desenvolvido: A dominação dos recursos, a qual somente seria alcançada por meio da técnica e conhecimento do meio, a experimentação sendo a principal ferramenta para alcançar o "imperium hominis". Assim, Bacon deixa como legado a percepção de que todos são capazes de deter uso e controle sobre o ambiente natural se apenas tiverem em mãos a prática que levará ao sucesso.
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