O filme "Ponto de Mutação", baseado no livro "The Turning Point" do escritor e físico austríaco Fritjof Capra, é uma viagem filosófica pela visão de mundo contemporânea. A história em si é pouco importante: um poeta em crise de meia idade, um político desacreditado com a própria política e uma física que abandonou suas pesquisas para não se envolver com militares, divagam acerca do efeito do cientificismo cartesiano na forma como as pessoas encaram a vida. O ponto alto do filme é a discussão entre esses três arquétipos.
A espinha dorsal do debate gira entorno da crítica que Sonia, a física norueguesa, faz contra a forma Cartesiana com que as pessoas enxergam as coisas. A personagem teoriza sobre como o a visão essencialmente racionalista reduz o quanto o indivíduo pode enxergar de fato: compreendem-se as partes e presume-se seu funcionamento como um todo, mas nem sempre isso se verifica como verdadeiro. Sonia prossegue: é essa interpretação da realidade a causa das crises sociais, econômicas e ambientais que se alastram pelo globo.
Sem enxergar a conexão das partes que formam o panorama geral, a solução para um problema pode gerar outro. Desse modo, a película critica a destruição do meio ambiente, a ineficiência dos políticos para sanar os problemas sociais dos países e o desrespeito que a ciência tem pela natureza. Fica ao fim do filme uma mensagem um tanto quanto esperançosa: uma visão mais humanista do mundo e das várias conexões que existem dentro da natureza, da sociedade, etc, pode prevenir o homem de consumir a si mesmo.
André Luis Sonnemaker Silva - 1º ano Direito Diurno - Turma XXXI
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