No filme “Ponto de mutação”, um político, um poeta e uma
cientista refletem sobre a vida e criticam a situação em que o mundo se
encontra. Enfatiza-se a necessidade de uma nova maneira de entender a vida, bem
como a mudança dos valores, das instituições e dos ideais, já que a visão mecanicista,
na qual as pessoas são vistas como máquinas, está ultrapassada, ou seja, a visão
de Descartes, na qual tudo deve ser reduzido e depois analisado, apresenta limitações
para o mundo atual. Além disso, também é citado Francis Bacon, para o qual a
natureza deveria ser escravizada e explorada, de modo a conseguir dominá-la, fazendo
com que a ciência promovesse o progresso, o que é mostrado no filme através da
engrenagem, que representa a ruptura do homem com a natureza.
A perspectiva é uma qualidade em falta, pois a ciência e a
tecnologia passaram a ser usadas para que uma minoria pudesse obter benefícios próprios.
Isso justifica a ideia apresentada no início do filme de que se deve emancipar
dos princípios morais ou ficar horrorizado com a forma como as pessoas agem e,
como exemplo, cita-se o Brasil, no qual há o desmatamento da Amazônia para a criação
de pastos, desconsiderando as consequências negativas que agravam o efeito
estufa, assim como a subnutrição existente em alguns países, para que a arrecadação
do dinheiro seja voltada para o pagamento de impostos e dívidas.
Portanto, nota-se que um dos enfoques do filme é o desenvolvimento econômico em oposição à
sustentabilidade, mostrando que há conexões, ou seja, há interdependência entre
os fatos e, por isso, é necessário desafiar as ideias convencionais e analisar
o mundo como um todo, o que pode ser observado na fala da cientista sobre a teoria dos sistemas.
Isabela Dias Magnani - 1º ano Direito noturno
Isabela Dias Magnani - 1º ano Direito noturno
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