A vida é infinitamente mais
O filme "Ponto de mutação" levanta a questão de como vemos/interpretamos o mundo, dando inicio ao debate descrevendo o modo cartesiano de analisar a natureza, que consiste em reduzir tudo a peças e explorá-las separadamente para entender o todo, afirma-se que esse método foi ótimo, mas para seu tempo e que agora é preciso encontrar uma nova visão, que se encaixe nos dias de hoje.
Três personagens dominam todo o enredo: uma cientista frustada com o destinos de seus estudos, um poeta, na crise da meia idade e um político desmotivado. Os três possuem pensamentos muito distintos o que torna a conversa intensa e diversificada.
A discussão aborda diversos campos do conhecimento, como a política, a física e a filosofia, tendo como objetivo demonstrar que tudo está interligado e que é necessário quebrar a visão cartesiana do mundo, para resolvermos os problemas globais (todos os problemas fazem parte de uma crise de percepção-Sônia), mas numa sociedade onde a busca pelo poder está acima do resto fica difícil de se fazer compreender essa rede.
No fim do filme o político adquire uma nova maneira de pensar, quebrando a burocracia e a sistematização impostas em sua formação e percebe que para mudar o mundo é isso o que falta, se cada um saísse de sua bolha e se visse inserido numa sociedade todos fariam melhor, entendendo que não é possível tirar vantagem de algo, sem prejudicar a si mesmo, como é citada na questão ambiental, todos vivem no mesmo planeta, no mesmo ambiente.
O poeta fecha o filme mostrando que a vida é muito mais complexa do que formulas e leis, tomando como exemplos os homens que apesar de seus conflitos, angustias e medos amam-se, quebrando qualquer ordem lógica.
Bruna Midori Yassuda Yotumoto, 1º ano diurno
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