Francis Bacon, reconhecido por quebrar com a linha de
pensamento cartesiana, marca suas teorias pelo empirismo. Ao buscar um método
para atingir o conhecimento, tal como Descartes e outros tantos filósofos
fizeram, Bacon baseia-se no pressuposto de que a mente por si só não é capaz de
levar à comprovação científica, devendo estar em convergência com a observação.
Com esse raciocínio, o pensador modifica o que até então era concebido como
verdade, uma vez que a racionalidade deixa de ser suficiente para atingir a
ciência.
A partir
deste ponto, Bacon cria um método que fundamenta a ciência até os dias de hoje,
no qual a exploração e a experimentação passam a ser o meio ideal na busca pelo
conhecimento. Bacon justifica seu ponto de vista explicando a existência dos
“ídolos”, que são, em sua concepção, as falsas percepções do mundo ocasionadas
pelo labor da mente. Tais ídolos são as representações das diversas situações
nas quais a mente interfere na objetividade do conhecimento, mostrando afinal
que a mente humana de fato interfere nas interpretações da realidade.
Em suma,
têm-se que o avanço da ciência é retardado pelas fantasias criadas pela mente
humana, uma vez que o conhecimento científico não pode ser atingido com uma ferramenta que permite falsas interpretações. O empirismo de Francis Bacon garantiu-lhe o reconhecimento como
“pai” da ciência moderna, visto que seu método impulsionou as descobertas
científicas desde a publicação das teorias baconianas, mostrando a importância e atualidade do pensador.
Júlia Costa Lourenço - Direito Diurno, Turma XXXI
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