Com
a intenção de substituir o Organum aristotélico original, Francis Bacon publica
em 1620 sua obra mais famosa, o Novum Organum. Aristóteles, em sua obra,
apresenta sua lógica, essencialmente dedutiva, que deveria conduzir a filosofia
à verdade. Bacon, no entanto, opõe a esse método do estagirita e propõe um novo
método, a indução por eliminação.
Bacon viveu em um período de grande
ascensão política e econômica inglesa no reinado de Elizabeth I. Participou da
corte real em diversos setores: político, econômico, social, religioso, filosófico
e era astuto defensor do reino nos inúmeros combates de forças contrárias ao
governo da rainha
A proposta de Bacon era de
substituir o Organon de Aristóteles em duas partes. A primeira é a pars
destruens, que destrói o silogismo como inútil na investigação das ciências
naturais. Bacon atribui aos ídolos que a mente humana criou, o estágio ainda
pouco avançado da ciência da época. São eles: Os ídolos da tribo, que são os
preconceitos da espécie humana e sua tendência ao antropomorfismo; Ídolos da
caverna, que são os erros oriundos da
educação de cada um; Ídolos do fórum, erros vindos da imperfeição da linguagem,
e por último, Os Ídolos do Teatro, preconceitos vindos da autoridade dos
mestres e filósofos.
A segunda parte é a
inauguração do método indutivo, contrário ao método dedutivo da escolástica. A
observação e a experimentação são a base desse novo método científico. Só a
causa formal é que rege os objetos da ciência da observação.
Nova Organum pode ser
considerada uma suma da ciência natural da modernidade que abre as portas para
a pós-modernidade. Um grande conjunto de compreensões acerca da mente e das
faculdades naturais tendo como o grande ápice a ciência, a razão, a filosofia e
a teologia comungando do mesmo propósito, aliadas ao evoluir do homem frente as
responsabilidades que o cercam.
Jose Augusto Melo de Carvalho - Direito -1 ano- Noturno
Jose Augusto Melo de Carvalho - Direito -1 ano- Noturno
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